Consumo Compulsivo

O ato de comprar muitas vezes não está relacionado simplesmente com a aquisição de bens para o consumo. As compras podem assumir uma ligação com a frustração ou a solidão.
Segundo Giovanni Siri, professor de psicologia do consumo da Universidade Vita-Salute San Rafaelle, em Milão, o ato de comprar prevalece nas mulheres por esta função ser tradicionalmente concedida a ela.
Cresce cada vez mais o número de pessoas que procuram ajuda psicológica ou psiquiátrica para controlar o consumo compulsivo.
O costume de comprar aparece por volta dos 18 anos, quando apesar de não comprarem, os jovens gastam horas experimentando roupas.
O consumo compulsivo pode comprometer desde o equilíbrio emocional até o orçamento familiar. Diante da impossibilidade financeira de adquirir um produto, a ansiedade da pessoa pode ser aumentada.
O professor Roberto Pani aponta que o consumo pode funcionar para remediar carências.
Dificuldades de relacionamento podem ser sinalizadas pela compulsão. Giovanni Siri salienta que a identidade é fundamentada através das relações com o próximo. Sendo assim, diante de situações nas quais as pessoas se sentem ansiosas e frágeis, essas podem tentar preencher a falta de relações mais complexas, adquirindo objetos, já que esses não as rejeitam nem decepcionam.
O consumidor só se satisfaz ao adquirir o produto cobiçado, porém este tem um valor simbólico, ou seja, quando é adquirido perde seu valor, uma vez que o que está por trás da compra pode ser a tentativa de suprir carências afetivas.

Por Patrícia Lopes

Comentários