Lula, o filho do Brasil


ProduçãoBaseado no livro homônimo escrito pela jornalista Denise Paraná, o filme narrará a história de Lula de seu nascimento até a morte de sua mãe, quando é um líder sindical de 35 anos detido pela polícia política da ditadura militar. O roteiro foi escrito por Paraná, Fábio Barreto e Daniel Tendler, com supervisão do escritor Fernando Bonassi.

O ator João Miguel, conhecido por seu papel em Cinema, Aspirinas e Urubus, foi convidado para interpretar Lula, mas teve de acabar recusando à proposta devido a problemas com sua agenda. Após a desistência de Tay Lopez por problemas de sáude, Barreto escolheu o ator Rui Ricardo Dias para interpretar Lula na fase adulta. Outros nomes confirmados no elenco principal são os de Glória e Cléo Pires e Juliana Baroni, que devem interpretar a mãe, a primeira esposa de Lula e dona Marisa Letícia, respectivamente.

O filme foi produzido por Luiz Carlos Barreto e Paula Barreto, pai e irmã do diretor, e está previsto para ser o primeiro filme brasileiro a estrear simultaneamente em todo continente sul-americano. A previsão de estréia é para o início de 2010. O orçamento do filme é relativamente alto para os padrões do cinema brasileiro. Foram cerca de 18 milhões de reais que Barreto planejou obter sem subsídio municipal, estadual ou federal para evitar críticas. O filme começou a ser rodado no final de janeiro de 2009 em Garanhuns, terra natal de Lula.

Contexto históricoA trajetória de vida de Lula coincide com vários aspectos marcantes da história do Brasil, motivo pelo qual Paraná decidiu escrever o livro, que é sua tese de doutorado em História pela Universidade de São Paulo (USP). Durante sua pesquisa para o livro, Paraná entrevistou Lula e várias pessoas ligadas a ele. De acordo com ela, enquanto ouvia os depoimentos de Lula, pensava consigo mesmo se tratar de "um roteiro de filme mal escrito, porque tudo se encaixa".

Dentre os fatos da trajetória de Lula e da história do Brasil que se encaixam, de acordo com Paraná, estão a morte da primeira esposa dele por erro médico no parto na mesma época em que o Brasil detinha um dos maiores índices mundiais de morte no parto, a migração da família de Lula no momento em que o Brasil presencia sua maior onda de migração interna e o alcoolismo que marca o pai de Lula no período de maior incidência deste vício no Nordeste

Críticas ao filmeO lançamento do filme, previsto para janeiro de 2010, vem sendo alvo de críticas por parte da população, pelo fato de que 2010 será um ano eleitoral, e Lula estará tentando eleger um sucessor no exato período da exibição do filme. Ou seja, a data de lançamento do filme seria proposital, uma tentativa de ajudar na eleição da sucessora de Lula ao Governo. Dilma Roussef, candidata à sucessão de Lula, já admitiu que o filme pode influenciar no resultado das eleições.

A maior crítica, no entanto, é o fato do filme não retratar com fidelidade a vida e carreira de Lula. O filme elimina todos os seus defeitos e erros, tornando o protagonista um ser praticamente perfeito, exageradamente romantizado e heróico. Tal fato também teria objetivos eleitorais, segundo os críticos.

Outra suspeita acerca do filme, é o fato de que empresas que patrocinaram Lula, o Filho do Brasil, poderiam estar politicamente envolvidas com o Governo, tendo interesses econômicos como motivação para o patrocínio de uma obra que ajudaria a eleição da sucessora de Lula à presidência.

Patrocinadores
De acordo com a fonte: "Agência do estado", este filme foi patrocinado por diversas empreiteiras, algo extremamente incomum no mercado brasileiro. Ao serem questionadas, as companhias que bancam o filme rejeitaram qualquer motivação política ao financiar o longa. Elas alegam interesse na obra em razão do retorno de imagem para suas marcas.

A agência também trata sobre a distribuição do filme:

"Embora a maior parte dos recursos para a produção do filme já tenha sido captada, para a distribuição serão necessários outros R$ 4 milhões, que ainda estão em negociação. Uma dessas negociações é com o presidente venezuelano Hugo Chávez, que foi procurado para financiar a distribuição do filme na Venezuela, Colômbia, Bolívia, Peru e Equador. “(A conversa sobre o assunto) está em banho-maria”, diz a produtora do longa, Paula Barreto.".

O Presidente Barack Obama solicitou à produção do longa para que a pré-estreia internacional do filme seja realizada nos EUA, com sessão Première em Washington.

Filme em DVD custará R$ 12,00Ainda sem ter lotado as telas dos cinemas, já vem sendo definido o esquema de lançamento para o DVD do presidente Lula. Lula, o filho do Brasil chegará as lojas em maio e, segundo a colunista Mônica Bérgamo da Folha de São Paulo, o preço do DVD não passará dos R$ 12 reais.
Luiz Carlos Barreto, produtor do longa, diz que o preço do produto, bem abaixo do mercado, será uma forma de combater a pirataria.
Ainda segundo a colunista, o DVD terá a tiragem de 1 milhão de cópias só no lançamento e contará com mais de dez extras, inclusive uma entrevista com as considerações do presidente.
Antes do lançamento em DVD, "Lula, o Filho do Brasil" estreia em 513 salas em janeiro.

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