Escrito por Raul Juste Lores
O economista Huang Yasheng destoa do oba-oba sobre a recuperação da economia chinesa. Professor do MIT, ele lançou no ano passado um dos melhores
livros já publicados sobre o chamado modelo chinês, "Capitalismo com características chinesas", ainda não lançado no Brasil. Explica os motivos do crescimento contínuo da economia chinesa por 30 anos, mas aponta suas distorções e problemas.
Na entrevista que ele me concedeu em Pequim, ele critica vários pontos da atual recuperação chinesa. Fala que a China vive um momento de reestatização, que enquanto o governo e as estatais chinesas são riquíssimos, a sociedade chinesa ainda é pobre; diz que fora da economia estatal, ainda se percebe a crise na China e que o país ainda não tem como substituir a crise nos mercados externos pela demanda doméstica.
Dois pontos bastante interessantes que Huang fala:
HORA DO BRASIL
Para a China, o Brasil é ferro, é soja, é uma fonte de recursos naturais de que ela desesperadamente precisa. Mas, por conta da recessão nos países ricos, a China começa a despertar para o Brasil como um mercado alternativo para seus produtos.
O Brasil poderá tirar muitas vantagens dessa situação, se souber negociar. Mas, para isso, precisa entender a China. Contaram-me que não existe um único centro de estudos sobre a China nas universidades brasileiras, o que é um espanto. Qualquer boa universidade americana, europeia ou asiática já tem um bom centro com sinólogos há anos.
EDUCAÇÃO
Uma das maiores razões do crescimento chinês, a que poucos dão crédito, é que, nos últimos 50, 60 anos, investimos muito em educação, da base à universidade. Mesmo nos anos Mao, é preciso reconhecer, a educação de base foi prioritária e melhorou muito. Quando a economia se abriu, tínhamos uma força de trabalho já educada. Qualquer pesquisa internacional vai dizer que você é melhor empregado, é melhor gerente ou é melhor empreendedor se passou vários anos por uma escola de qualidade. Essa é uma vantagem.
Para ler na íntegra: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi0111200910.htm
O economista Huang Yasheng destoa do oba-oba sobre a recuperação da economia chinesa. Professor do MIT, ele lançou no ano passado um dos melhores

Na entrevista que ele me concedeu em Pequim, ele critica vários pontos da atual recuperação chinesa. Fala que a China vive um momento de reestatização, que enquanto o governo e as estatais chinesas são riquíssimos, a sociedade chinesa ainda é pobre; diz que fora da economia estatal, ainda se percebe a crise na China e que o país ainda não tem como substituir a crise nos mercados externos pela demanda doméstica.
Dois pontos bastante interessantes que Huang fala:
HORA DO BRASIL
Para a China, o Brasil é ferro, é soja, é uma fonte de recursos naturais de que ela desesperadamente precisa. Mas, por conta da recessão nos países ricos, a China começa a despertar para o Brasil como um mercado alternativo para seus produtos.
O Brasil poderá tirar muitas vantagens dessa situação, se souber negociar. Mas, para isso, precisa entender a China. Contaram-me que não existe um único centro de estudos sobre a China nas universidades brasileiras, o que é um espanto. Qualquer boa universidade americana, europeia ou asiática já tem um bom centro com sinólogos há anos.
EDUCAÇÃO
Uma das maiores razões do crescimento chinês, a que poucos dão crédito, é que, nos últimos 50, 60 anos, investimos muito em educação, da base à universidade. Mesmo nos anos Mao, é preciso reconhecer, a educação de base foi prioritária e melhorou muito. Quando a economia se abriu, tínhamos uma força de trabalho já educada. Qualquer pesquisa internacional vai dizer que você é melhor empregado, é melhor gerente ou é melhor empreendedor se passou vários anos por uma escola de qualidade. Essa é uma vantagem.
Para ler na íntegra: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi0111200910.htm
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