Escrito por Fabiano Maisonnave
PEQUIM
A China é a segunda economia mundial, tem centenas de campeões olímpicos e concentra 20% dos habitantes do planeta. Mas você, leitor, pode chamar quantos dos quase 1,4 bilhão de chineses pelo nome (excluindo Mao e Bruce Lee, que já morreram)?
Para tentar reverter a situação _pelo menos nos EUA_, o governo chinês começou uma enorme campanha institucional em terras americanas para coincidir com a visita de Hu Jintao, incluindo uma supermontagem na Times Square, em NY (foto ao lado).
O carro-chefe é a divulgação, via TV, de um vídeo com 50 personalidades chinesas, a maioria ilustres desconhecidos fora das fronteiras do país. Para os próximos meses, haverá iniciativas semelhantes em outros partes do mundo, incluindo a América Latina.
O problema, como o video fraquinho demonstra, é que os chineses ainda engatinham quando tentam vender a sua imagem. Falta uma boa estratégia de marketing. Basta fazer outro teste: apesar de consumirmos produtos "made in China" todos os dias, quantas marcas do país você conhece?
Não ajuda nada o controle autoritário sobre os meios de comunicação do país e os milhares de presos políticos, entre os quais o Prêmio Nobel da Paz de 2010, o ativista Liu Xiaobo, condenado a 11 anos de prisão. Ele, obviamente, não aparece no vídeo, mas é o chinês mais comentado dos últimos meses. E ainda tem o Dalai Lama, o líder tibetano exilado com enorme popularidade mundial.
Se a China pretende mesmo ampliar o seu “soft power”, o caminho será longo. E o início talvez não seja na Times Square, e sim na Paz Celestial.
PEQUIM
A China é a segunda economia mundial, tem centenas de campeões olímpicos e concentra 20% dos habitantes do planeta. Mas você, leitor, pode chamar quantos dos quase 1,4 bilhão de chineses pelo nome (excluindo Mao e Bruce Lee, que já morreram)?
Para tentar reverter a situação _pelo menos nos EUA_, o governo chinês começou uma enorme campanha institucional em terras americanas para coincidir com a visita de Hu Jintao, incluindo uma supermontagem na Times Square, em NY (foto ao lado).
O carro-chefe é a divulgação, via TV, de um vídeo com 50 personalidades chinesas, a maioria ilustres desconhecidos fora das fronteiras do país. Para os próximos meses, haverá iniciativas semelhantes em outros partes do mundo, incluindo a América Latina.
O problema, como o video fraquinho demonstra, é que os chineses ainda engatinham quando tentam vender a sua imagem. Falta uma boa estratégia de marketing. Basta fazer outro teste: apesar de consumirmos produtos "made in China" todos os dias, quantas marcas do país você conhece?
Não ajuda nada o controle autoritário sobre os meios de comunicação do país e os milhares de presos políticos, entre os quais o Prêmio Nobel da Paz de 2010, o ativista Liu Xiaobo, condenado a 11 anos de prisão. Ele, obviamente, não aparece no vídeo, mas é o chinês mais comentado dos últimos meses. E ainda tem o Dalai Lama, o líder tibetano exilado com enorme popularidade mundial.
Se a China pretende mesmo ampliar o seu “soft power”, o caminho será longo. E o início talvez não seja na Times Square, e sim na Paz Celestial.
Fonte:pelomundo.folha.blog.uol.com.br
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