O surto da gripe suína se espalhou do México para mais quatro países. No Brasil, a Agência Nacional de vigilância Sanitária afirmou que não há notícia da chegada do vírus.O infectologista Paulo Olzon explica que o vírus dessa gripe veio do porco, mas que não existe risco em comer a carne."O porco também tem a gripe", disse. "Ele tosse e essas secreções acabam contaminando as pessoas que cuidam dos porcos."Entre os seres humanos, a transmissão ocorre principalmente pelo ar. Quando um doente tosse ou espirra, o vírus entra no organismo de outra pessoa pela respiração. Os sintomas aparecem depois de três ou quatro dias: febre acima de 39 graus, dores de cabeça, nos músculos e nas articulações, tosse e coriza. Parece uma gripe forte, mas é muito mais perigosa. Em dez dias, provoca uma pneumonia grave, que pode matar.Não existe vacina nem remédio de eficácia comprovada contra a gripe suína. O tratamento tem de ser feito em hospitais.Existem algumas drogas, como o Tamiflu, como alternativa de tratamento, mas não há confirmação cabal de que ele funcione.A melhor prevenção é evitar o contato com pessoas infectadas ou que venham de regiões com casos confirmados. "Uma pessoa que teve contato com o vírus no período, um pouco antes do sintomas ela já transmite a doença", diz Olzon. "Então nós devemos (...) seguir essas pessoas por um período, até ter certeza que eles não vão apresentar a gripe porque, uma vez que apresentar a gripe, já contaminaram várias pessoas."Em Belo Horizonte, a suspeita de contaminação levou duas pessoas ao hospital. O casal chegou nesta segunda de Cancún e foi internado imediatamente. No fim da tarde, um terceiro paciente chegou ao hospital: um homem que esteve nos Estados Unidos. Ainda não há previsão para o resultado dos exames. Em São Paulo, duas pessoas também foram internadas. Elas estiveram no México, mas a suspeita de gripe suína já foi descartada. "Em ambos os casos não era gripe suína", disse o governador de São Paulo, José Serra, em entrevista em Ribeirão Preto . "O sintoma da gripe suína, entre outros, é a febre. Em nenhum desses dois casos havia. Suspeita-se que um era dengue e o outro sinuste infecciosa, que também dá febre." Uma mulher já teve alta. O resultado dos exames do outro paciente só sai na próxima quarta-feira.
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