tag:blogger.com,1999:blog-40021522738427666762024-03-05T21:03:22.279-03:00Tudo é História2008 - 2021 | Ano XIIDiogo Orlovhttp://www.blogger.com/profile/02782516742946029392noreply@blogger.comBlogger1011125tag:blogger.com,1999:blog-4002152273842766676.post-30729224117549140692022-04-03T21:49:00.002-03:002022-04-03T21:49:23.136-03:00Origem do termo laranja<p style="text-align: justify;">Entenda as hipóteses sobre como surgiu o termo laranja para designar elementos que doam seu próprio nome para que sujeitos possam cometer crimes sem serem expostos.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgduFX_CvHI8AEsALiMYB9OLrCI9IjO4Q6DqSTMv2uRKozLONl2k_LTT4vG6oOSFfgS3PL-XRpisXsatRqZDdi7RU7VYdZlCALUEwp_3vqz_dxuRbXIhkhZfzNGzk6yjUDxrUAk5d85IXYuPrvKCAdaRpXWKOVj55akXa3tQjWh9gXxqkqyPZDfzkA2LA/s1200/20190923-laranjas-1200x675.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="675" data-original-width="1200" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgduFX_CvHI8AEsALiMYB9OLrCI9IjO4Q6DqSTMv2uRKozLONl2k_LTT4vG6oOSFfgS3PL-XRpisXsatRqZDdi7RU7VYdZlCALUEwp_3vqz_dxuRbXIhkhZfzNGzk6yjUDxrUAk5d85IXYuPrvKCAdaRpXWKOVj55akXa3tQjWh9gXxqkqyPZDfzkA2LA/s320/20190923-laranjas-1200x675.jpg" width="320" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;">Entre as acepções que o dicionário Houaiss traz para o termo laranja, temos: “indivíduo, nem sempre ingênuo, cujo nome é utilizado por outro na prática de diversas formas de fraudes financeiras e comerciais, com a finalidade de escapar do fisco ou aplicar dinheiro de origem ilícita”. Mas você sabe qual é a origem desse sentido?</p><p style="text-align: justify;">Não há registros históricos que comprovem quando essa significação surgiu na língua portuguesa, mas ela é bem frequente no meio policial para se referir a pessoas que têm seu nome envolvido em fraudes financeiras das quais se beneficia bem pouco ou nada.</p><p style="text-align: justify;">Uma das hipóteses é que o termo tenha passado a ser usado durante a época da Lei Seca</p><p style="text-align: justify;">americana, em que era proibido beber em público, assim, para fugir da fiscalização, algumas pessoas injetavam bebidas alcoólicas em laranjas e bebiam em locais públicos sem serem descobertas.</p><p style="text-align: justify;">Uma segunda hipótese associa o significado do termo ao fato de que, após o consumo, resta apenas o bagaço da fruta, desse modo, o beneficiário do dinheiro ilícito conseguido pelo laranja sugaria tudo dele.</p><p style="text-align: justify;">Há, ainda, uma explicação menos difundida segundo a qual o termo nasceu entre presos políticos, que criavam pirâmides financeiras para sustentar suas famílias. Nesse esquema de pirâmide, uma pessoa, que era chamada de “limão”, deveria convencer outras dez pessoas a fazerem pagamentos para que os “limões” recebessem o dinheiro. As pessoas que faziam esse pagamento eram chamadas de “laranja”.</p><p style="text-align: justify;">Outra hipótese associa o termo ao “agente laranja” usado pelos norte-americanos na Guerra do Vietnã. Algumas pessoas dizem que esse sentido tenha se originado da gíria policial “espremer o preso” para que ele confessasse aquilo que esperavam ouvir.</p><p style="text-align: justify;">O fato é que não há registros que comprovem quando o termo laranja ganhou essa acepção. A língua é um fenômeno vivo, que está em constante mutação, portanto, nem sempre conseguimos determinar quando novos sentidos vão surgindo. Essa significação, porém, segue cada vez mais firme no português brasileiro e as práticas ilícitas que envolvem laranjas são cada dia mais comuns em nosso país.</p><p style="text-align: right;"><i>Texto - Adriana de Paula e Joel Paviotti</i></p>Diogo Orlovhttp://www.blogger.com/profile/02782516742946029392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4002152273842766676.post-62018096465081055112022-02-19T22:59:00.000-03:002022-02-19T22:59:08.123-03:00Há dois tipos de palavras: as proparoxítonas e o resto.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhVNPT-U5sbPtr_0C3OMAE6BE0sP9-F2TxDLEKSbDsPo-krtHn3GZMRs8UV6z-Rvhtd6kkoYyDn1rRjp1st2JSocuCu-uWnNYAeKJlWSwFj-8b7GJByWeylrALsObEXG17UjFkW_6q2imiRWf0uw72jJchaURuqdb8TBn_a7T0zNoKvlZyMDKBE7KyqyA=s750" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="750" height="171" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhVNPT-U5sbPtr_0C3OMAE6BE0sP9-F2TxDLEKSbDsPo-krtHn3GZMRs8UV6z-Rvhtd6kkoYyDn1rRjp1st2JSocuCu-uWnNYAeKJlWSwFj-8b7GJByWeylrALsObEXG17UjFkW_6q2imiRWf0uw72jJchaURuqdb8TBn_a7T0zNoKvlZyMDKBE7KyqyA=s320" width="320" /></a></div><br /><p style="text-align: right;">Por Eduardo Aquino</p><p>As proparoxítonas são o ápice da cadeia alimentar do léxico. </p><p>Estão para as outras palavras assim como os mamíferos para os artrópodes.</p><p>As palavras mais pernósticas são sempre proparoxítonas. Das mais lânguidas às mais lúgubres. Das anônimas às célebres.</p><p>Se o idioma fosse um espetáculo, permaneceriam longe do público, fingindo que fogem dos fotógrafos e se achando o máximo.</p><p>Para pronunciá-las, há que ter ânimo, falar com ímpeto - e, despóticas, ainda exigem acento na sílaba tônica!</p><p>Sob qualquer ângulo, a proparoxítona tem mais crédito. </p><p>É inequívoca a diferença entre o arruaceiro e o vândalo. </p><p>O inclinado e o íngreme. </p><p>O irregular e o áspero. </p><p>O grosso e o ríspido. </p><p>O brejo e o pântano. </p><p>O quieto e o tímido.</p><p>Uma coisa é estar na ponta – outra, no vértice. </p><p>Uma coisa é estar no topo – outra, no ápice. </p><p>Uma coisa é ser fedido – outra é ser fétido.</p><p>É fácil ser valente, mas é árduo ser intrépido. </p><p>Ser artesão não é nada, perto de ser artífice. </p><p>Legal ser eleito Papa, mas bom mesmo é ser Pontífice.</p><p>(Este último parágrafo contém algo raríssimo: proparoxítonas que rimam. Porque elas se acham únicas, exóticas, esdrúxulas. As figuras mais antipáticas da gramática.)</p><p>Quer causar um impacto insólito? Elogie com proparoxítonas. </p><p>É como se o elogio tivesse mais mérito, tocasse no mais íntimo. </p><p>O sujeito pode ser bom, competente, talentoso, inventivo – mas não há nada como ser considerado ótimo, magnífico, esplêndido.</p><p>Da mesma forma, errar é humano. Épico mesmo é cometer um equívoco.</p><p>Escapar sem maiores traumas é escapar ileso – tem que ter classe pra escapar incólume.</p><p>O que você não conhece é só desconhecido. O que você não tem a mínima ideia do que seja – aí já é uma incógnita.</p><p>Ao centro qualquer um chega – poucos chegam ao âmago.</p><p>O desejo de ser uma proparoxítona é tão atávico que mesmo os vocábulos mais básicos têm o privilégio (efêmero) de pertencer a essa família – e são chamados de oxítonos e paroxítonos. Não é o cúmulo?"</p>Diogo Orlovhttp://www.blogger.com/profile/02782516742946029392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4002152273842766676.post-31703351372763047102021-11-24T21:51:00.007-03:002021-11-24T21:51:59.718-03:00Quem são os brasileiros que odeiam pobre?<p style="text-align: justify;">O problema do Brasil é o ódio ao pobre: para que se possa odiar o pobre e humilhá-lo, tem-se de construí-lo como culpado de sua própria (falta de) sorte e ainda torná-lo perigoso e ameaçador. Se possível, deve-se enganá-lo, desumanizá-lo, maltratá-lo e matá-lo cotidianamente</p><p style="text-align: right;"><i><span style="color: red;">Jessé Souza*, Diplomatique</span></i></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhF4RSRapoq0NQuZVgdpAtgjcF8SUoO4DmktVoxv2xdp5Cfs4QCklHLxowZSqqLlPoHhz46KPqGP049-By8Ex0KOAaXDmPQsQx1mK-0QgbAp4ysDKXGCprG0MpxIxqJ08UTCvajzJi0_0-z/s990/sub-buzz-77-1581622162-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="714" data-original-width="990" height="231" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhF4RSRapoq0NQuZVgdpAtgjcF8SUoO4DmktVoxv2xdp5Cfs4QCklHLxowZSqqLlPoHhz46KPqGP049-By8Ex0KOAaXDmPQsQx1mK-0QgbAp4ysDKXGCprG0MpxIxqJ08UTCvajzJi0_0-z/s320/sub-buzz-77-1581622162-1.jpg" width="320" /></a></div><p style="text-align: justify;">Este artigo é o resumo parcial de um fio condutor que percorre meu último livro, lançado em setembro pela editora Leya com o título <b>A elite do atraso: da escravidão à Lava Jato.</b> Na publicação, busco enfrentar o desafio ambicioso de formular uma gênese histórica alternativa à narrativa hoje dominante, seja na direita, seja na esquerda do espectro político, da sociedade brasileira contemporânea.</p><p style="text-align: justify;">Como já defendi em outras obras, minha tese é a de que o liberalismo conservador é a narrativa oficial do Brasil moderno, inclusive para a esquerda colonizada intelectualmente pela direita. Os pais fundadores dessa leitura são Sérgio Buarque e Raymundo Faoro. A partir da entronização desses autores como referência universitária para a formação de todas as elites e, como consequência dessa consagração, também de tudo que a grande imprensa diz sobre o país, passa a existir um grande consenso inarticulado e pré-reflexivo que contamina praticamente tudo que se formule sobre o país no nível mais explícito dos argumentos.</p><p style="text-align: justify;">É necessário quebrar a hegemonia dessas ideias arcaicas e conservadoras para que a teoria e a prática política brasileira possam mudar de modo efetivo. A histeria acerca da corrupção política, por exemplo, identificada pela população e pela imprensa como o maior problema nacional, advém do domínio dessas ideias. A identificação de uma suposta elite todo-poderosa no Estado, e não no mercado, suprema tolice que possibilita a virtual invisibilidade da ação predatória dos oligopólios e da intermediação financeira, também é fruto dessa hegemonia. De resto, toda a cantilena da corrupção como herança cultural portuguesa, do advento de um patrimonialismo pré-moderno cujo racismo implícito já critiquei, serve para que supostas “heranças culturais” pensadas como “heranças de sangue” fiquem no lugar de uma análise científica dos conflitos sociais e da gênese da desigualdade social. A tese dominante do patrimonialismo, como leitura hegemônica sobre a sociedade brasileira, foi a responsável por tomar a corrupção política como aspecto central e a desigualdade social como questão secundária. É essa inversão absurda de perspectiva e de prioridade que o livro pretende corrigir.</p><p style="text-align: justify;">Essa tese do patrimonialismo ocupa o lugar da centralidade da escravidão entre nós e representa uma estratégia de tornar invisível a própria herança desta. Embora no livro eu reconstrua a escravidão e seus efeitos desde o Brasil Colônia, aqui a limitação de espaço me obriga a inquirir acerca de sua feição mais moderna. Como se constrói, no século XX, uma sociedade que reproduz todas as iniquidades do ódio, humilhação e desprezo contra os mais frágeis que caracterizam a escravidão?</p><p style="text-align: justify;">Minha tese é que isso foi realizado como programa político conduzido conscientemente pela elite econômica, em primeiro lugar a elite paulistana, como forma de assegurar para si a condução ideológica da sociedade e limitar a ação política dos setores populares mesmo em um contexto de sufrágio universal. A astúcia da elite foi perceber, já no início do século XX, quando uma classe média começa a despontar de modo incipiente nas grandes cidades brasileiras, que, se os pobres poderiam ser oprimidos pelo cassetete e pelo fuzil dos policiais, a classe média exigia uma estratégia alternativa. Ao contrário da violência material, aplicada indiscriminadamente contra os pobres, contra a classe média a violência teria de ser “simbólica” para produzir cooptação e “convencimento”.</p><p style="text-align: justify;">A perda do poder político para Getúlio Vargas vai ser o ponto de inflexão dessa estratégia. Nesse momento, a elite econômica paulistana vai procurar se utilizar de seu “poder material” para construir as bases do seu “poder simbólico”. A ideia-guia foi construir uma hegemonia ideológica como forma tanto de reconquistar o poder político como de limitar o poder dos eventuais inimigos de classe alçados ao controle do Estado.</p><p style="text-align: justify;">A classe média não é uma classe necessariamente conservadora. Também não é uma classe homogênea. O Movimento Tenentista, conhecido como o primeiro movimento político comandado pelos “setores médios” no Brasil, revela bem essas características. Ainda que tenha sido protagonizado por oficiais militares de baixa e média patente (daí o nome “tenentismo”) a partir dos anos 1920, o movimento refletia já a nova sociedade mais urbana e moderna que se criava. A parte rebelde da instituição militar era uma expressão desses novos anseios.</p><p style="text-align: justify;">A oposição ao pacto conservador da República Velha, com suas eleições fraudadas e restritas, era o ponto de união entre os tenentistas. Dentro do movimento, no entanto, conviviam desde as demandas liberais por voto secreto e por maior liberdade de imprensa até o desejo de um Estado forte como meio de se contrapor ao mandonismo rural. Parte do grupo se radicalizou politicamente na Coluna Prestes, cujo líder, Carlos Prestes, seria o fundador do partido comunista brasileiro. Parte do grupo se alinhou desde a Revolução de 1930 com Getúlio Vargas, enquanto outra parte exerceu ferrenha oposição a ele todo o tempo. O nosso primeiro movimento político com claro suporte e apoio da classe média já mostra a extraordinária multiplicidade de posições políticas que essa classe pode abrigar.</p><p style="text-align: justify;">Quando Sérgio Buarque elegia o “patrimonialismo” das elites que habitam o Estado como o grande problema nacional, ele não estava dando vida, portanto, a nenhum sentimento novo. A “corrupção do Estado” era uma das bandeiras centrais do tenentismo. Poder-se-ia, por exemplo, perceber a corrupção do Estado como efeito da captura deste pela própria elite econômica que o usa para defender e aprofundar seus privilégios. Isso teria levado a uma conscientização coletiva dos desmandos de uma elite apenas interessada na perpetuação de seus privilégios.</p><p style="text-align: justify;">Não foi essa a interpretação que prevaleceu. A elite do dinheiro paulista, que havia perdido o poder político, ainda que mantido o econômico, agiu de modo astucioso, calculado e planejado. Percebeu claramente os sinais do novo tempo. A truculência do “voto de cabresto” estava com os dias contados. No lugar da “violência física” deveria entrar a “violência simbólica” como meio de garantir a sobrevivência e a longevidade dos proprietários e seus privilégios.</p><p style="text-align: justify;">Com o Estado na mão dos inimigos, a elite do dinheiro paulistana descobre a “esfera pública” como arma. Se não se controla mais a sociedade com a farsa eleitoral acompanhada da truculência e da violência física, a nova forma de controle oligárquico tem de assumir novas vestes para se preservar. O domínio da “opinião pública” parece ser a arma adequada contra inimigos também poderosos. O que estava em jogo aqui era a captura agora intelectual e simbólica da classe média letrada pela elite do dinheiro, formando a “aliança de classe dominante” que marcaria o Brasil daí em diante.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><b>Como se construiu esse projeto no alvorecer do século XX?</b></p><p style="text-align: justify;">A USP, a universidade do estado de São Paulo, foi criada por essa mesma elite desbancada do poder político e pensada como a base simbólica, uma espécie de think tank gigantesco do liberalismo brasileiro a partir de então, desse projeto bem urdido de contrapor a força das ideias generalizadas na sociedade contra o poder estatal, desde que este seja ocupado pelo inimigo político, à época representado por Getúlio Vargas.</p><p style="text-align: justify;">Sérgio Buarque é menos o criador e mais o sistematizador mais convincente do moralismo “vira-lata” que irá valer, a partir de então, como versão oficial pseudocrítica do país acerca de si mesmo. Como o “Estado corrupto” passa a ser identificado como o mal maior da nação, a elite do dinheiro ganha uma espécie de “carta na manga” que pode ser usada sempre que a “soberania popular” ponha no governo, inadvertidamente, alguém contrário aos interesses do poder econômico.</p><p style="text-align: justify;">Com base nesse eixo intelectual eivado de prestígio, essa concepção se torna dominante no país inteiro. Toda a vida intelectual e letrada vai respirar os novos ares. Isso não significa obviamente dizer que a USP não tenha produzido coisa distinta do liberalismo conservador das elites. Florestan Fernandes e sua atenção aos conflitos sociais realmente fundamentais provam o contrário. Existe uma tradição nesse sentido também por lá. Mas essa tendência é menos poderosa que a versão dominante, posto que sem a network com as editoras, as agências de financiamento, a grande imprensa e seus mecanismos de consagração; além de ela própria ter assimilado aspectos importantes da tradição conservadora elitista como a aceitação implícita ou explícita da tese do patrimonialismo.</p><p style="text-align: justify;">Desde essa época o “liberalismo conservador”, baseado no falso moralismo da “higiene moral” da nação, vai ser a pedra de toque da arregimentação da classe média. Isso não significa dizer que o moralismo não tenha eco também nas outras classes. Em alguma medida esse discurso nos toca a todos. Mas na classe média ele está em “casa”. É que as classes sociais estão sempre disputando não apenas bens materiais e salários, mas também prestígio e reconhecimento, ou em uma palavra: legitimação do próprio comportamento e da própria vida.</p><p style="text-align: justify;">As classes superiores, que monopolizam capital econômico e cultural, têm de justificar, portanto, seus privilégios. O capital econômico se legitima com o “empreendedorismo” de quem “dá emprego” e ergue impérios, e com o suposto bom gosto inato de seu estilo de vida, como se a posse do dinheiro fosse mero detalhe sem importância.</p><p style="text-align: justify;">A legitimação dos privilégios da classe média é distinta. Como seu privilégio é invisível pela reprodução da socialização familiar que esconde seu trabalho prévio de “formar vencedores”, ela é a classe por excelência da meritocracia e da superioridade moral. Estas servem para distingui-la e para justificar seus privilégios em relação tanto aos pobres como aos ricos. É que, se os pobres são desprezados, os ricos são invejados. Existe uma ambiguidade nesse sentimento, em relação aos ricos, que vincula admiração e ressentimento.</p><p style="text-align: justify;">A suposta superioridade moral da classe média dá à sua clientela tudo aquilo que ela mais deseja: o sentimento de representar o melhor da sociedade. Não só é a classe que “merece” o que tem por esforço próprio, conforto que a falsa ideia da meritocracia propicia, mas também a classe que tem algo que ninguém tem, nem os ricos, que é a certeza de sua “perfeição moral”.</p><p style="text-align: justify;">Como na imensa maioria dos casos não possui os meios para se envolver nas grandes negociatas que manipulam milhões, a classe média não tem sequer, na prática, o dilema moral de se deixar ou não corromper. Como justificação e legitimação da própria vida, o esquema moralista é, portanto, perfeito. Em relação aos poderosos, a classe média pode se ver sempre como “virgem imaculada” e moralmente perfeita.</p><p style="text-align: justify;">A elite do dinheiro soube muito bem aproveitar as necessidades de justificação e de autojustificação dos setores médios. “Comprou” uma inteligência para formular uma “teoria liberal moralista” feita com precisão de alfaiate para as necessidades do público que queria arregimentar e controlar. Esse tipo de “compra” da elite intelectual pela elite do dinheiro não se dá apenas nem principalmente com dinheiro. São os “mecanismos de consagração” de um autor e de uma ideia seguindo, aparentemente, todas as regras específicas do campo científico.</p><p style="text-align: justify;">Mas a quem pertencem os jornais, as editoras e os bancos e empresas que financiam os prêmios científicos? Desse modo, sem parecer “compra”, o expediente é muito mais bem-sucedido. Depois, usou sua posição de proprietária dos meios de produção material para se apropriar dos meios simbólicos de produção e reprodução da sociedade. É aqui que entra a relação que existe até hoje entre imprensa, universidade, editoras e capital econômico.</p><p style="text-align: justify;">Todo o discurso elitista e conservador do liberalismo brasileiro está contido em duas noções que foram desenvolvidas na USP – a universidade criada pela elite antiestatal paulistana – e depois ganharam o Brasil: as ideias de “patrimonialismo” e de “populismo”.</p><p style="text-align: justify;">Se o patrimonialismo torna invisível a base real do poder social ao estigmatizar o Estado e seus ocupantes sempre que as eleições ponham alguém não palatável pela elite da rapina econômica na disputa eleitoral, o populismo estigmatiza qualquer pretensão popular.</p><p style="text-align: justify;">A noção de “populismo”, atrelada a qualquer política de interesse dos mais pobres, serve para mitigar a importância da soberania popular como critério fundamental de qualquer sociedade democrática. Afinal, como os pobres, coitadinhos, não têm mesmo nenhuma consciência política, a soberania popular e sua validade podem ser sempre, em graus variados, postas em questão.</p><p style="text-align: justify;">O “voto inconsciente” corromperia a validade do princípio democrático por dentro. A proliferação dessa ideia na “esfera pública” por meio da sua “respeitabilidade científica” e depois pelo aparato legitimador midiático, que o repercute todos os dias de modos variados, é impressionante. Os best-sellers da ciência política conservadora comprovam a eficácia dessa balela.</p><p style="text-align: justify;">As noções de patrimonialismo e de populismo, distribuídas em pílulas pelo veneno midiático diariamente, são as ideias-guia que permitem à elite arregimentar a classe média como sua “tropa de choque” sempre que necessário. Elas, afinal, são as guardiãs da “distância social” em relação aos pobres, que é a pedra de toque da aliança antipopular construída no Brasil para preservar o privilégio, acesso aos capitais econômico e cultural, de 20% contra os 80% de excluídos em alguma medida significativa.</p><p style="text-align: justify;">O segundo ponto da justificação da classe média para baixo, em relação às classes populares, é o ponto mais interessante e que a transforma definitivamente na marionete perfeita da elite do dinheiro. A classe média brasileira possui um ódio e um desprezo pelo “povo” cevados secularmente. Essa é talvez nossa maior herança intocada da escravidão, nunca verdadeiramente compreendida e criticada entre nós. Para que se possa odiar o pobre e humilhá-lo, tem-se de construí-lo como culpado de sua própria (falta de) sorte e ainda torná-lo perigoso e ameaçador. Se possível, deve-se humilhá-lo, enganá-lo, desumanizá-lo, maltratá-lo e matá-lo cotidianamente. Era isso que se fazia com o escravo e é exatamente a mesma coisa que se faz com a “ralé de novos escravos” hoje em dia. Transformava-se o trabalho manual e produtivo em vergonha suprema, como “coisa de preto”, e depois se espantava que o negro não enfrentasse o trabalho produtivo com a mesma naturalidade que os imigrantes estrangeiros, para quem o trabalho era símbolo de dignidade. Dificultava-se de todas as formas a formação da família escrava, e nos espantamos com as famílias desestruturadas dos nossos excluídos de hoje, mera continuidade de um ativismo perverso para desumanizar os escravos de ontem e de hoje.</p><p style="text-align: justify;">Os escravos foram sistematicamente enganados, compravam a alforria nas minas e eram escravizados novamente e vendidos para outras regiões, eram brutalizados, assassinados covardemente. A matança continua também agora, com os novos escravos de todas as cores. O Brasil tem mais assassinatos – de pobres – que qualquer outro país do mundo. São 60 mil pobres assassinados por ano no Brasil. Existe uma guerra de classes hoje declarada e aberta. Construiu-se toda uma percepção negativa dos escravos e dos seus descendentes como feios, fedorentos, incapazes, perigosos e preguiçosos, isso tudo de forma irônica, povoando o cotidiano com ditos e piadas preconceituosas, e hoje muitos se comprazem em ver a profecia realizada. Não se entende a miséria permanente e secular dos nossos excluídos sociais sem esse ativismo social e político covarde e perverso de nossas classes “superiores”.</p><p style="text-align: justify;">O ódio secular às classes populares parece-me a mais brasileira de todas as nossas singularidades sociais. Como os preconceitos são sociais, e não individuais, como somos inclinados a pensar, todas as classes superiores no Brasil partilham desse preconceito. Ainda que, mais uma vez, ele esteja verdadeiramente “em casa” na classe média. Ainda que a classe média seja muito heterogênea, toda ela, sem exceção, inclusive o autor que aqui escreve, é portadora em maior ou menor grau desse tipo de preconceito. De alguma maneira “nascemos” com ele, o introjetamos e o incorporamos, seja de modo inconsciente e pré-reflexivo, seja de modo refletido e consciente, como ódio aberto. Mesmo quem critica os preconceitos os têm dentro de si, como qualquer outra pessoa criada no mesmo ambiente social. O que nos diferencia é a vigilância em relação a eles e a tentativa de criticá-los de modo refletido em alguns, e não em outros. Mas todos nós somos suas vítimas.</p>Diogo Orlovhttp://www.blogger.com/profile/02782516742946029392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4002152273842766676.post-4053526904722169622021-11-18T22:31:00.000-03:002021-11-18T22:31:11.653-03:00Empresas que lucraram com o Nazismo<p style="text-align: justify;"><b><span style="color: red;">1. Kodak</span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfNMu3LFhCsGZTFEhw-XWutUwjhcteu-ZjhjyilCai5-qQXytU70IaMsTnx3q8mgU9oL8EXxXl-W8FkR0jFQsq-mtswXdqvS0Vww8f__ywrxCL4KmTN6IEazZUIkduuuEluPbuvFNZRL80/s500/kodak-logo-red.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="438" data-original-width="500" height="280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfNMu3LFhCsGZTFEhw-XWutUwjhcteu-ZjhjyilCai5-qQXytU70IaMsTnx3q8mgU9oL8EXxXl-W8FkR0jFQsq-mtswXdqvS0Vww8f__ywrxCL4KmTN6IEazZUIkduuuEluPbuvFNZRL80/s320/kodak-logo-red.jpg" width="320" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;">Durante a Segunda Guerra Mundial uma filial alemã da Kodak usou trabalhadores escravos vindos dos campos de concentração. Várias outros ramos europeus da Kodak fizeram alianças com o governo nazista. Wilhelm Keppler, um dos principais assessores econômicos de Hitler, tinha ligações profundas na Kodak. Quando o nazismo começou, Keppler aconselhou à Kodak e várias outras empresas norte-americanas a demitir todos os empregado judeus em troca de benefícios.</p><p style="text-align: justify;"><b><span style="color: red;">2. Hugo Boss</span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEju2mDOc9EDHM57d06hpGijAALfZhjR6-HOZfD18UqTEL-Afi0mXWqi74SrZht6GkyPuo35nXC5ndR-FFnCJPMoAftyc6mhkBSJHcFraDcc9DmjgAEqBTIrXlPtTBTEzZYxcrdbbYgQMGzQ/s368/images.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="137" data-original-width="368" height="119" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEju2mDOc9EDHM57d06hpGijAALfZhjR6-HOZfD18UqTEL-Afi0mXWqi74SrZht6GkyPuo35nXC5ndR-FFnCJPMoAftyc6mhkBSJHcFraDcc9DmjgAEqBTIrXlPtTBTEzZYxcrdbbYgQMGzQ/s320/images.png" width="320" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;">Na década de 30, Hugo Boss começou a fazer uniformes nazistas. O motivo: o próprio Hugo Boss tinha aderido ao partido nazista e fechou um contrato para fazer uniformes da Juventude Hitlerista e da SS. Esse foi um ótimo negócio para Hugo Boss. Ele, assinou um contrato apenas oito anos depois de fundar sua empresa e foi esse contrato que ajudou a levar a empresa a outro nível. A fabricação dos uniformes nazista teve tanto sucesso que Hugo Boss acabou tendo de trazer trabalhadores escravos da Polônia e da França para ajudar na fábrica.</p><p style="text-align: justify;"><b><span style="color: red;">3. Volkswagen</span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzWBwHmAv3zb9usdd-7YAvyG4zuEdGgYvqdjjN1NgKI5Tt6s1dXH0EhWweFSj2XdmKBIHDhFY5d-NaylO4xVyZY9psqfDZwSQ4f9iyR5TH83vkWoHSxaIMvavHzprlMlgLUeoVcqZmN_W1/s400/i490054.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="400" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzWBwHmAv3zb9usdd-7YAvyG4zuEdGgYvqdjjN1NgKI5Tt6s1dXH0EhWweFSj2XdmKBIHDhFY5d-NaylO4xVyZY9psqfDZwSQ4f9iyR5TH83vkWoHSxaIMvavHzprlMlgLUeoVcqZmN_W1/s320/i490054.jpeg" width="320" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;">Ferdinand Porsche, o homem por trás da Volkswagen e Porsche, reuniu-se com Hitler em 1934 para discutir a criação de um “carro do povo” (essa é a tradução em português de Volkswagen). Hitler disse Porsche fazer um carro com uma forma simplificada, “como um besouro”. E esse foi o nascimento do Fusca/Beetle.</p><p style="text-align: justify;">Não só foi projetado para a guerra e os nazistas como o próprio Hitler o nomeou. Durante a Segunda Guerra Mundial, quatro a cada cinco trabalhadores em fábricas da Volkswagen eram trabalhadores escravos. Ferdinand Porsche ainda tinha conexão direta com Heinrich Himmler, um dos líders da SS para solicitar diretamente escravos de Auschwitz.</p><p style="text-align: justify;"><b><span style="color: red;">4. Bayer</span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKOACC8w_sii5SV3XFgLfr4gUIk7ezsWwnxj6dg5Y9K8Qe-lLy4EGqhRgrCj2Zm9nIjkdK81yiRppkd3AsdOuh_wJ9xNhv9wmHIESGxB5HkNiIgDstqQRi8ATD53K6DSaN7yEyLAswI6KW/s1200/Logo_Bayer.svg.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1200" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKOACC8w_sii5SV3XFgLfr4gUIk7ezsWwnxj6dg5Y9K8Qe-lLy4EGqhRgrCj2Zm9nIjkdK81yiRppkd3AsdOuh_wJ9xNhv9wmHIESGxB5HkNiIgDstqQRi8ATD53K6DSaN7yEyLAswI6KW/s320/Logo_Bayer.svg.png" width="320" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;">Durante o Holocausto, uma empresa alemã chamad IG Farben fabricava o gás Zyklon B usado nas câmaras de gás nazistas. Eles também financiaram e ajudaram as “experiências” de Josef Mengele em prisioneiros de campo de concentração. IG Farben foi a empresa que teve os maiores lucros com os nazistas.</p><p style="text-align: justify;">Depois da guerra a empresa “quebrou” e reabriu com o nome de BAYER (Friedrich Bayer, o mesmo fundador da IG Farben). A Aspirina foi criada por um empregado da BAYER, Arthur Eichengrun. Mas Eichengrun era judeu e Bayer não quis admitir que um judeu havia criado um produto que mantinha sua empresa. Assim, até hoje, Bayer oficialmente deu os créditos a Felix Hoffman, um homem ariano, pela criação da Aspirina.</p><p style="text-align: justify;"><b><span style="color: red;">5. Siemens</span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtr9xNRW4Ttc_fgYhKedA451Ta8IXFxsuKrl2-LdXvGMFwud_FGagCYUA7rUbDtWCr7hLxdC7mIXBDxLzDi5WmZ24DqiIu2oegO5ABY20ubK-qayoNEt9858x4fV9QnLwEqIWvFNibH65T/s512/im-ref-siemens.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="341" data-original-width="512" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtr9xNRW4Ttc_fgYhKedA451Ta8IXFxsuKrl2-LdXvGMFwud_FGagCYUA7rUbDtWCr7hLxdC7mIXBDxLzDi5WmZ24DqiIu2oegO5ABY20ubK-qayoNEt9858x4fV9QnLwEqIWvFNibH65T/s320/im-ref-siemens.png" width="320" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;">A Siemens levou trabalhadores escravos durante o holocausto e os forçou a construir as câmaras de gás que iriam matá-los, assim como suas famílias. SIEMENS é a única também que teve seu grande momento pós-Holocausto de qualquer outra dessa lista.</p><p style="text-align: justify;">Em 2001 eles tentaram registrar a marca “Zyklon” (ciclone em alemão) para tornar o nome de uma nova linha de produtos…incluindo uma linha de fornos a gás. Zyklon era o nome do gás venenoso usado nas câmaras de gás durante o Holocausto. Uma semana mais tarde, depois de muitos grupos se manifestarem contra a empresa, a SIEMENS retirou o pedido.</p><p style="text-align: justify;"><b><span style="color: red;">6. Coca-Cola</span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhe60fvfHJtuki0Q2f42j00Lhy8ct4v0u6NSDzZ_G_CagQwbZ53nBuyWJ8n7wn1VWaoZsnZyr_lt87XjKkatDUlF5i75fT-Sbo7GNq70HQbam8zkadLcwBH6QXNxbKqchyphenhyphencAAd1N4USZp6H/s225/download.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="225" data-original-width="225" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhe60fvfHJtuki0Q2f42j00Lhy8ct4v0u6NSDzZ_G_CagQwbZ53nBuyWJ8n7wn1VWaoZsnZyr_lt87XjKkatDUlF5i75fT-Sbo7GNq70HQbam8zkadLcwBH6QXNxbKqchyphenhyphencAAd1N4USZp6H/s0/download.png" width="225" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;">Mais especificamente a FANTA. A Coca-Cola jogou dos dois lados durante a Segunda Guerra. Eles apoiaram tanto as tropas americanas quanto as alemãs. Em 1941, a filial alemã da Coca-Cola ficou sem o xarope para produzir a bebida e não podiam adquiri-lo dos EUA devido as sanções do tempo de guerra.</p><p style="text-align: justify;">Contrataram trabalho escravo e desenvolveram uma nova bebida especificamente para os nazistas: Um refrigerante com sabor de frutas chamado Fanta. Durante muito tempo a Fanta foi associada a mulheres exóticas cantando um jingle nazista horrível e foi a bebida oficial da Alemanha nazista.</p><p style="text-align: justify;"><b><span style="color: red;">7. Ford</span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDfN-SH7TZa8LZvPPKeYBOO-l1iC_U7g4bQ03bnA5b9wK6TPOiB7jS9_zCK2SGBEoOW3iqIN_ZgbjtebT1Ncb6yFTT7LepIsZ1ttRA7zpTl1nVgCAOIX9Gz_5sZKvPKIB5s-MaZgzXwvWh/s225/download+%25281%2529.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="225" data-original-width="225" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDfN-SH7TZa8LZvPPKeYBOO-l1iC_U7g4bQ03bnA5b9wK6TPOiB7jS9_zCK2SGBEoOW3iqIN_ZgbjtebT1Ncb6yFTT7LepIsZ1ttRA7zpTl1nVgCAOIX9Gz_5sZKvPKIB5s-MaZgzXwvWh/s0/download+%25281%2529.png" width="225" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;">Henry Ford foi um grande lendário anti-semita. Ele era o mais famoso defensor estrangeiro de Hitler. Em seu 75º aniversário, em 1938, Ford recebeu uma medalha nazista, concebida para “estrangeiros ilustres”. Ele lucrou de ambos os lados da guerra: produzia veículos para os nazistas e para os aliados.</p><p style="text-align: justify;"><b><span style="color: red;">8. IBM</span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhihWKqKuSoUSldm9gKZQM5ANNu-hJs0aSncFglK46MaTXFfL2TR04HP84KF89aPeLq6h7lHKgatqAFxkKSfk0xjQXTSFrDOANpbGVoJt8kMWI3Iix5jw3fAur5g6S2bAj9ewhppvMGtMSA/s900/ibm.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="567" data-original-width="900" height="202" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhihWKqKuSoUSldm9gKZQM5ANNu-hJs0aSncFglK46MaTXFfL2TR04HP84KF89aPeLq6h7lHKgatqAFxkKSfk0xjQXTSFrDOANpbGVoJt8kMWI3Iix5jw3fAur5g6S2bAj9ewhppvMGtMSA/s320/ibm.jpg" width="320" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;">A IBM construiu máquinas personalizadas para os nazistas com quais eles podiam usar para controlar tudo, do fornecimento de petróleo, os horários dos trens em campos de morte até em controlar as contas bancárias de judeus vítimas do Holocausto. Em setembro de 1939 quando a Alemanha invadiu a Polônia, o New York Times informou que aproximadamente 3 milhões de judeus iam ser “imediatamente retirados” da Polônia e provavelmente seriam “exterminados”. A reação da IBM? Um memorando interno disse que devido à “situação”, eles teriam que aumentar a produção de equipamentos o mais rápido possível para os nazistas.</p><p style="text-align: justify;"><b><span style="color: red;">9. BMW</span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhI31gxSgx5XuJU-GaiNe6RGJA15H3t1LDtnfgEK2lKUSkss4w4Yfu_5dOUCzZ-5mER1YIM516d8yopSFyCDv5CCcEh2zXYVKP8ee44v4jNFdbSG2KEZCjMFNz574PBfEMQL4vmra8ho40_/s1000/543daea9228a874ad2f13cd03041da1d.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1000" data-original-width="1000" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhI31gxSgx5XuJU-GaiNe6RGJA15H3t1LDtnfgEK2lKUSkss4w4Yfu_5dOUCzZ-5mER1YIM516d8yopSFyCDv5CCcEh2zXYVKP8ee44v4jNFdbSG2KEZCjMFNz574PBfEMQL4vmra8ho40_/s320/543daea9228a874ad2f13cd03041da1d.png" width="320" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;">A BMW admitiu que utilizou até 30.000 trabalhadores forçados durante a guerra. Estes prisioneiros de guerra, trabalhadores escravos e presos dos campos de concentração, produziram os motores para a Luftwaffe e foram obrigados a ajudar o regime defendendo daqueles que estavam tentando salvá-los. A BMW centrada unicamente nos aviões e motocicletas durante a guerra, não tinha outra pretensão a não ser a fornecedora da maquinaria de guerra dos nazistas.</p><p style="text-align: justify;"><b><span style="color: red;">10. General Eletric</span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8z-Rw_763kFKAzbFjeAfQwzuzJ8W55zoAKVQg4x8Hk98rA0SDXrodMCRqiZXeO1P9EteucMvH9nTampFPR7zbuR1zx8a8da7pZido8Cle_74SPYrAnkT-UWZZsT0pbyKuxldSu26heicA/s1200/1200px-General_Electric_logo.svg.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1200" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8z-Rw_763kFKAzbFjeAfQwzuzJ8W55zoAKVQg4x8Hk98rA0SDXrodMCRqiZXeO1P9EteucMvH9nTampFPR7zbuR1zx8a8da7pZido8Cle_74SPYrAnkT-UWZZsT0pbyKuxldSu26heicA/s320/1200px-General_Electric_logo.svg.png" width="320" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;">Em 1946 a General Electric recebeu uma multa por parte do governo americano por suas nefastas atividades durante a guerra. Em colaboração com Krupp, uma empresa produtora alemã, General Electric de forma intencionada e artificial subiu o preço do Carbeto de tungstênio, um material de vital importância para os metais das máquinas e armas necessárias para a guerra, dificultando o esforço para ganhar a guerra e aumentando o custo para derrotar os nazistas. GE também comprou ações da Siemens antes que começasse a guerra, transformando em cúmplice do uso da mão de obra escrava para construir as mesmas câmaras de gás onde muitos dos trabalhadores afetados faleceram. Há quem diga que até hoje, o logo da GE leva uma suástica estilizada.</p>Diogo Orlovhttp://www.blogger.com/profile/02782516742946029392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4002152273842766676.post-68407587361513843862021-11-15T20:59:00.001-03:002021-11-15T20:59:26.200-03:00Um time de futebol com nome de Karl Marx<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNTyob7I376NASu_XYuVeHs8s6-JFo8HX0QgKYoS5lpaS1WgaReemPjQLVcPjYS12a03WqiSqtUokiO7_rEnALLkpgon05yShRH5NVnzEYWX1zjmiRpkQeetanxRqEV1kEBVBf7yXaj9ru/s1694/Fc-karl-marx-stadt-1976-1560376756__OV26696353693.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1694" data-original-width="1200" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNTyob7I376NASu_XYuVeHs8s6-JFo8HX0QgKYoS5lpaS1WgaReemPjQLVcPjYS12a03WqiSqtUokiO7_rEnALLkpgon05yShRH5NVnzEYWX1zjmiRpkQeetanxRqEV1kEBVBf7yXaj9ru/s320/Fc-karl-marx-stadt-1976-1560376756__OV26696353693.jpg" width="227" /></a><span style="text-align: justify;"><div style="text-align: justify;">Existiu na antiga Alemanha Oriental, um time de futebol com o nome de FC Karl Marx.</div></span></div><p style="text-align: justify;">O time azul e branco da cidade alemã de Chemnitz se notabilizou pela sucessiva troca de nomes. Fundado em 1920 como PSV Chemnitzer, o time alemão chegou a ser fechado após a 2ª Guerra Mundial, numa determinação das autoridades aliadas, mas retomou suas atividades desportivas em seguida, até viver seus melhores momentos entre 1966 e 1991 quando foi chamado de FC Karl-Marx-Stadt, mesmo nome que a cidade recebeu. Em 1967, o clube entrou na galeria dos campeões do país conquistando o título da Alemanha Oriental e no final dos anos 80 surpreendeu a Europa com uma campanha de destaque na extinta Copa da UEFA. Com a reunificação da Alemanha, o time de Karl Marx voltou a chamar-se Chemnitzer assim como a cidade que voltou a ter seu antigo nome, Chemnitz. <br />Um dos seus jogadores mais reconhecidos foi Michael Ballack (Jogador da seleção Alemã nas copas do mundo de 2002 e 2006) que integrava as categorias de base ainda quando o clube chamava-se Karl-Marx-Stadt. Jogou na equipe principal apenas as duas primeira temporadas profissionais de sua carreira, sendo vendido ao Kaiserslautern. </p>Diogo Orlovhttp://www.blogger.com/profile/02782516742946029392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4002152273842766676.post-19584531745653552642021-11-14T20:48:00.005-03:002021-11-14T20:48:57.623-03:00Gilberto Gil é eleito para ABL.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjs6u_WmmBGxVpAWUhUnsZL6OdBaW2arE7Mq9JrPdgcJD47SWGssGgWLQWrNWxPtvXOAqhWMgcYnE2UuV5drCWdCLTJZPx6TnnF1EX5pn0WGBrhZHhQzFA6usGDlbjAhLc_oQFJOA4ioDVK/s1312/foto-2-live.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1312" data-original-width="984" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjs6u_WmmBGxVpAWUhUnsZL6OdBaW2arE7Mq9JrPdgcJD47SWGssGgWLQWrNWxPtvXOAqhWMgcYnE2UuV5drCWdCLTJZPx6TnnF1EX5pn0WGBrhZHhQzFA6usGDlbjAhLc_oQFJOA4ioDVK/s320/foto-2-live.jpg" width="240" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;">Gilberto Gil foi eleito por maioria absoluta à cadeira de número 20 da Academia Brasileira de Letras (ABL), na tarde da última quinta-feira (11). Ele foi eleito com 21 votos.</p><p style="text-align: justify;"><i>"Muito feliz em ser eleito para a cadeira 20 da Academia Brasileira de Letras. Obrigado a todos pela torcida e obrigado aos agora colegas de Academia pela escolha"</i>, disse o artista em uma rede social.</p><p style="text-align: justify;">Gil acompanhou a votação na casa de amigos em Ipanema, na Zona Sul do Rio, já que uma norma da ABL proíbe que candidatos participem da sessão.</p><p style="text-align: justify;">O artista é, atualmente, o segundo negro a ocupar uma cadeira na ABL. O outro imortal é o escritor e professor Domício Proença Filho, que foi presidente da academia em 2016 e 2017.</p>Diogo Orlovhttp://www.blogger.com/profile/02782516742946029392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4002152273842766676.post-38087766530314364892021-11-11T23:46:00.004-03:002021-11-11T23:46:49.376-03:00Portugal proíbe chefe de mandar mensagem fora do horário de trabalho<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7hlQVWWn8XP4C2QlwOQqGuHXYxvFSLPgekgpQVUIHS_rtVoBDVFkog-AoV7GPt-GIz8zT0KSL-v4nJu-H1Y3GmfyrBXBNznQ-Z0TriAHzkB6n5JVJJhx0T-X8j9qzvnduP0GDrSeBdISE/s1200/bandeira-de-portugal-1200x900.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1200" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7hlQVWWn8XP4C2QlwOQqGuHXYxvFSLPgekgpQVUIHS_rtVoBDVFkog-AoV7GPt-GIz8zT0KSL-v4nJu-H1Y3GmfyrBXBNznQ-Z0TriAHzkB6n5JVJJhx0T-X8j9qzvnduP0GDrSeBdISE/s320/bandeira-de-portugal-1200x900.jpg" width="320" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;">O parlamento de Portugal aprovou na última semana uma lei que penaliza empregadores que entrarem em contato com funcionários fora do horário do trabalho.</p><p style="text-align: justify;">A nova lei busca equilibrar a vida profissional e pessoal dos trabalhadores.</p><p style="text-align: justify;">A legislação foi aprovada após o crescimento do home office durante a pandemia do coronavírus, de acordo com o governo do Partido Socialista de Portugal.</p><p style="text-align: justify;">Segundo as novas regras, os empregadores podem ser penalizados por mandarem mensagem para os funcionários após o horário de trabalho e serão obrigados a pagar o aumento de despesas com trabalho em casa, como contas de energia e eletricidade.</p><p style="text-align: justify;">Outras normas também foram implementadas: os empregadores foram proibidos de monitorar seus trabalhadores em casa e reuniões com a chefia devem ocorrer presencialmente a cada dois meses para impedir o isolamento.</p>Diogo Orlovhttp://www.blogger.com/profile/02782516742946029392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4002152273842766676.post-76818706770216834402021-11-10T22:04:00.000-03:002021-11-10T22:04:37.089-03:00172 flamingos morrem no Parque das Aves, em Foz do Iguaçu<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcS4ozK-X3VCPh9j058e13G0nUXBGPqrBGap-OniE01zFrD08NNKvD6U8_3GERiV1ys_4Y8PcEBYwZkSg30dM5RZV4Jr_XskGPrDyYrIPUGTf3TYUjMEc6KlZycFmRKzkagvWR_-ZubxQm/s876/Flamingo-africano-com-as-asas-abertas-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="484" data-original-width="876" height="177" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcS4ozK-X3VCPh9j058e13G0nUXBGPqrBGap-OniE01zFrD08NNKvD6U8_3GERiV1ys_4Y8PcEBYwZkSg30dM5RZV4Jr_XskGPrDyYrIPUGTf3TYUjMEc6KlZycFmRKzkagvWR_-ZubxQm/s320/Flamingo-africano-com-as-asas-abertas-1.jpg" width="320" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;">Duas onças pintadas mataram flamingos do Parque das Aves, em Foz do Iguaçu, na madrugada desta terça-feira (9), segundo a administração. Após o ataque, foram registradas as mortes de 172 dos 176 flamingos do local.</p><p style="text-align: justify;">Por volta da meia-noite, os dois predadores (a mãe e o filhote) pularam a cerca e invadiram o recinto dos flamingos chilenos e africanos. Apesar de seis aves serem resgatadas, apenas quatro aves sobreviveram ao ataque.</p><p style="text-align: justify;">O Parque das Aves informou que permanecerá fechado para visitação até sexta-feira (12).</p><p style="text-align: justify;">A diretora de engajamento e sustentabilidade do Parque das Aves, Luciana Leite, informou que a equipe da unidade está investigando a morte dos flamingos.</p><p style="text-align: justify;"><i>"Nossa equipe veterinária está fazendo esse trabalho de autópsia, investigando de fato o que levou esses animais a óbito. É muito comum em aves o que a gente chama de miopatia de captura, diante de uma situação de estresse presenciada, esses animais vem a óbito mesmo sem serem atacados diretamente por uma onça. É importante comunicar isso. Ainda estamos fazendo o trabalho de autópsia para entender quantos animais tiveram essa interação direta com os felinos e quantos vieram a óbito por miopatia", explicou.</i></p><p style="text-align: justify;">O Parque das Aves existe há 27 anos e nunca havia registrado um ataque de onças. O local conta com sistemas de proteção aos predadores, pois é integrado ao Parque Nacional do Iguaçu.</p><p style="text-align: justify;"><i>"Nós temos instalados os sistemas de monitoramento de câmeras, de luz pulsante, diversos detentores para que grandes felinos não adentrem no parque. Estamos investigando ainda como tendo todas essas melhores práticas esses animais conseguiram adentrar no parque, no recinto."</i></p><p style="text-align: justify;">Chegada dos flamingos</p><p style="text-align: justify;">Os flamingos chegaram ao parque em 1995, quando as aves foram resgatadas no Chile. Em 2001, nasceram os primeiros filhotes.</p><p style="text-align: justify;">Segundo a administração do parque, foram anos de trabalho de conservação prejudicados pelo ataque das onças.</p><p style="text-align: justify;">Os flamingos são um dos principais atrativos do Parque das Aves. O nascimento deles em setembro de 2020 trouxe momentos de celebração à vida.</p>Diogo Orlovhttp://www.blogger.com/profile/02782516742946029392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4002152273842766676.post-26669137135831329652021-11-09T21:47:00.001-03:002021-11-09T21:47:32.133-03:00A tela “A Redenção de Cam” e a tese do branqueamento no Brasil<p style="text-align: justify;"><i><span style="color: red;">Quadro do espanhol Modesto Brocos, destaque em exposição no Museu Nacional de Belas Artes, é analisado em livro sobre racismo na pintura brasileira.</span></i></p><p style="text-align: justify;"><i></i></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><i><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh76KHDroSa36sknXXXjQGW2LZw5Zzdtq4Q59is0T-RTgj7VE9fl73ltTwKuz7tYpvLNBhqEjcy-xMXRS2EXl7yV7lixh5dTy4a_l6WLpT9apOUQq8_PB9gs2RHq0hRw5XhsVs3SSVNcFmg/s711/%25E2%2580%2598A-Reden%25C3%25A7%25C3%25A3o-de-Cam%25E2%2580%2599-600x711.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="711" data-original-width="600" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh76KHDroSa36sknXXXjQGW2LZw5Zzdtq4Q59is0T-RTgj7VE9fl73ltTwKuz7tYpvLNBhqEjcy-xMXRS2EXl7yV7lixh5dTy4a_l6WLpT9apOUQq8_PB9gs2RHq0hRw5XhsVs3SSVNcFmg/s320/%25E2%2580%2598A-Reden%25C3%25A7%25C3%25A3o-de-Cam%25E2%2580%2599-600x711.jpg" width="270" /></a></i></div><i><br /><span style="color: red;"><br /></span></i><p></p><p style="text-align: right;">Por Murilo Roncolato</p><p style="text-align: left;"><span style="text-align: justify;">Em um verbete do livro Dicionário Crítico da Pintura no Brasil (1988) dedicado ao quadro A Redenção de Cam (1895), o jornalista, crítico e professor José Roberto Teixeira era “muitíssimo bem pintada”, mas indubitavelmente também “de uma das pinturas mais reacionárias e preconceituosas da Escola Brasileira”.</span></p><p style="text-align: justify;">A crítica carregada sobre a tela do espanhol Modesto Brocos (1852-1936), radicado no Brasil por mais de 40 anos, tem sua razão de existir.</p><p style="text-align: justify;">A pintura foi feita pouco depois de declaradas a abolição da escravidão e da instituição da República no país. No caminho para um suposto progresso, o Brasil adotava a Europa branca como referência. Sua população, no entanto, pouco se assemelhava à europeia.</p><p style="text-align: justify;">O negro representava, aos olhos de boa parte da intelectualidade, o passado e o atraso. Surgiram no século 19 as chamadas teorias científicas do branqueamento, propondo como solução para o problema misturar a população negra com a branca, incluindo os imigrantes europeus, geração por geração, até mudar o perfil “racial” do país, de negro a branco.</p><p style="text-align: justify;">O quadro “A Redenção de Cam”, reverenciado e premiado em sua época, é considerado uma representação visual dessa tese. Literalmente no caso do médico e diretor do Museu Nacional, João Batista de Lacerda (1846-1915). No Congresso Universal das Raças, realizado em Londres, em 1911, a pintura ilustrou um artigo de sua autoria sobre branqueamento. Ele assim descreveu a imagem: “O negro passando a branco, na terceira geração, por efeito do cruzamento de raças”.</p><p style="text-align: justify;"><b>Racismo à vista</b></p><p style="text-align: justify;">Para entender mais sobre o quadro, conversamos com a a historiadora e antropóloga Tatiana Lotierzo, autora de uma tese sobre a obra que deu origem ao livro Contornos do (In)visível: Racismo e Estética na Pintura Brasileira (1850-1840), lançado no final de 2017 pela Edusp.</p><p style="text-align: justify;">“Procurei mostrar, no livro, que o quadro é mais do que uma ilustração da tese de Lacerda, apesar dessa comunicação intensa entre ambas as coisas. A ‘Redenção de Cam’ tem sua própria tese no marco racismo oitocentista, um pensamento que se exprime como um modo de ver, uma perspectiva que é oferecida ao olhar de quem a observa”, diz Lotierzo.</p><p style="text-align: justify;"><b>A maldição sobre Cam e a sua redenção</b></p><p style="text-align: justify;">O título do quadro remete ao mito bíblico da maldição lançada por Noé sobre seu filho Cam (ou Cã). Diz a história que Noé dormiu embriagado de vinho. Cam, seu filho, expôs a nudez do pai aos irmãos como zombaria. Ao acordar, o pai então amaldiçoou Canaã, filho de Cam, a ser “servo dos servos”. Há inclusive versões que descrevem Canaã e os descendentes de Cam como negros.</p><p style="text-align: justify;">“O contexto de difusão do mito bíblico sobre a maldição de Noé é o do início da chamada Era Moderna, quando a cristandade europeia buscava formas de justificar a escravização de habitantes do continente africano, sob o marco do cristianismo”, diz Lotierzo.</p><p style="text-align: justify;">O mito é reinterpretado por Brocos que aponta, seguindo as teorias da sua época, que a salvação – ou “redenção” – dos descendentes de Cam se daria por meio da sua extinção, por efeito do branqueamento. “Uma das associações que aparecem com mais frequência na imprensa do período, em textos escritos por intelectuais renomados, como Olavo Bilac e Coelho Neto, entre outros, é justamente a da morte como redenção, para as pessoas negras. São textos de muita violência, pois concebem que a extinção dessas pessoas – inclusive pela via do embranquecimento – é o caminho para a emancipação”, diz a autora.</p><p style="text-align: center;"><i>“O quadro de Brocos, ao apelar para a ideia de redenção, faz a mesma coisa. É sem dúvida uma tela racista e concordo plenamente com os autores que a definem como preconceituosa. Creio que entender como a pintura mobiliza suas ferramentas para reforçar esse tipo de argumento é importante, pois ajuda a ver como outras imagens podem fazer uso próprio das mesmas ferramentas, sinalizando caminhos de ruptura crítica frente ao racismo”. </i><i>– Tatiana Lotierzo</i></p><p style="text-align: justify;"><b>Lendo o quadro</b></p><p style="text-align: justify;">O quadro, que “remete à imagística cristã da natividade”, mostra, da esquerda para direita, uma senhora negra, descalça sobre um chão de terra ,que ergue as mãos e os olhos aos céus ao lado de uma mulher, provavelmente sua filha, de tom de pele mais claro, que segura seu bebê, branco, no colo. E um homem branco à sua direita.</p><p style="text-align: justify;">As três personagens representariam as três gerações necessárias para que o Brasil se tornasse um país branco. O homem branco à direita, ao que tudo indica, o marido da mulher ao centro e pai da criança, olha para o menino com admiração. Ele é o elo que permite o branqueamento completo dos descendentes da senhora, possivelmente escrava e, assim, a sua salvação.</p><p style="text-align: justify;">Para Lotierzo, Brocos “faz uso de um mecanismo perverso ao tentar atribuir um voluntarismo às mulheres negras como agentes do embranquecimento, como se elas estivessem celebrando essa possibilidade”.</p><p style="text-align: justify;">Segundo a autora, é marcante no Brasil um tipo de racismo que pode escapar às estatísticas e que se expressa em diversas discriminações no cotidiano. “Isso remete ao que pesquisadores tem chamado de branquitude ou branquidade, ou seja, as diferentes formas de percepção do mundo e autopercepção de si que manifestam a prerrogativa de que ser branco é um privilégio que habilita outros privilégios”.</p><p style="text-align: justify;">Para Lotierzo, a prevalência dessas percepções e suas implicações “é um dos aspectos mais marcantes do racismo à brasileira, diante do qual se fazem urgentes ações que resultem numa tomada de consciência e na reparação das desigualdades raciais”.</p>Diogo Orlovhttp://www.blogger.com/profile/02782516742946029392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4002152273842766676.post-16141245531367318912021-11-08T19:26:00.003-03:002021-11-08T19:26:37.075-03:00A história da infância: como a sociedade criou o conceito de criança.<p style="text-align: justify;"><i><span style="color: red;">Por mais que pareça assustador, a figura da criança nem sempre existiu na história da humanidade.</span></i></p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjofqPlUO-Hen_OE_JiZQyHVSu5U1oA8ZISQAG6ALvBl9-fMJoPgWi0ZSrK9WS8YFwBaO8p_5QxDMoNbFKs1aL0G58fPxKIRQLOeNdrwkKmxwEO-JWBc_0RPjJ98Hqby1IMBt7P6Fu19vOJ/s538/2-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="538" height="297" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjofqPlUO-Hen_OE_JiZQyHVSu5U1oA8ZISQAG6ALvBl9-fMJoPgWi0ZSrK9WS8YFwBaO8p_5QxDMoNbFKs1aL0G58fPxKIRQLOeNdrwkKmxwEO-JWBc_0RPjJ98Hqby1IMBt7P6Fu19vOJ/s320/2-2.jpg" width="320" /></a></div><p style="text-align: justify;"><br /></p>“A infância não é um tempo, não é uma idade, uma coleção de memórias. A infância é quando ainda não é demasiado tarde. É quando estamos disponíveis para nos surpreendermos, para nos deixarmos encantar”. Essa citação de Mia Couto traduz poeticamente uma das visões que predominam hoje sobre a infância, segundo a qual esse período de nossas vidas é um tempo de encantamento e fantasia.<p></p><p style="text-align: justify;">Para o poeta Manoel de Barros, “a liberdade e a poesia a gente aprende com as crianças”. Para Casimiro de Abreu, a infância era “a aurora” de nossas vidas, um tempo querido, “o despontar da existência”. Mas não é só de exaltação que vive a literatura que trata da infância, em “O Ateneu”, de Raul Pompeia, seu personagem Carlos afirma que essa doce lembrança da infância é uma hipocrisia, “eufemismo, os felizes tempos, eufemismo apenas”.</p><p style="text-align: justify;">Não é somente na literatura que encontramos diferentes olhares para a infância. Historicamente, o lugar ocupado pelas crianças na sociedade também passou por muitas transformações até se chegar na perspectiva atual.</p><p style="text-align: justify;">Etimologicamente, a palavra infância vem do latim, “infantia”, e refere-se àquele que ainda não é capaz de falar. Na sociedade atual, considera-se a infância o período que se estende do nascimento até os 12 anos de idade. Entretanto, ao longo da história, o conceito de infância passou por uma série de variações decorrentes do modo como a sociedade era organizada.</p><p style="text-align: justify;">Baseado nessa noção de que o “infans” era aquele que ainda não era dotado de fala, Platão atribuía à criança um estado animalesco e primitivo que só seria alterado através da domesticação trazida pela educação. O que distinguia, portanto, o adulto da criança era a sua capacidade racional.</p><p style="text-align: justify;">Uma das principais referências para se pensar no conceito de infância é a obra do pesquisador francês Philippe Ariès. Segundo ele, esse conceito foi construído historicamente e ganhou o sentido que temos hoje apenas no mundo moderno.</p><p style="text-align: justify;">Conforme Ariès, durante muito tempo, a criança foi tratada como um adulto em miniatura, partilhando das mesmas atividades que os mais velhos, vestindo-se da mesma maneira e ouvindo conversas sobre todos os assuntos, sem haver qualquer noção de uma inocência infantil.</p><p style="text-align: justify;">Essa visão do pesquisador francês, entretanto, é questionada por outros estudiosos, como Moysés Kuhlmann Jr, por exemplo, que afirma que desde a Idade Média já havia uma preocupação com as crianças, ainda que o conceito tal como o conhecemos não existisse.</p><p style="text-align: justify;">Entre os séculos XII e XVII, de acordo com , a criança era vista como um ser substituível, caso não tivesse uma função utilitária na sociedade, por isso, era comum que crianças que nasciam com algum problema fossem descartadas, pois não estariam aptas ao trabalho. A partir dos sete anos, elas já eram inseridas na vida adulta e exerciam as mesmas tarefas que seus pais.</p><p style="text-align: justify;">Essa visão começa a mudar no século XVII, quando surge um novo modelo familiar, centrado na figura paterna e voltado para a formação e salvação das crianças através da educação e da família. A religião passa a ter um papel determinante nessa nova perspectiva, introduzindo um olhar pueril para a infância e a necessidade de uma educação moral e disciplinar que as livrasse do pecado.</p><p style="text-align: justify;">No século XVIII, Rousseau reforça a ideia da inocência infantil e passa a defender uma educação livre que torne as crianças bons cidadãos. Olhar que será aprofundado no século XIX, a partir da visão idealizada do Romantismo, segundo a qual a criança é um ser dotado de inocência e pureza. Essa concepção, no entanto, restringe-se às crianças pertencentes às classes sociais mais elevadas. Para as crianças pobres, o que resta é uma vida marcada pelo trabalho pesado, pela miséria e pela exploração.</p><p style="text-align: justify;">Embora haja divergências entre os estudos a respeito da história da infância, todos os trabalhos mostram que, no mundo Ocidental, a perspectiva sobre o lugar social da criança foi se modificando conforme a época, os costumes da sociedade e a classe social analisada.</p><p style="text-align: justify;">Atualmente, temos, sim, um olhar para a infância tal qual o proposto por Mia Couto, em que esse período da vida é tomado pela surpresa e pelo encantamento típico da imaginação infantil, mas temos também uma realidade sombria, que marca a vida de muitas crianças, vítimas da miséria, do abandono e de histórias marcadas pela exclusão.</p><p style="text-align: right;"><i>Via Iconografia da História</i></p><p style="text-align: left;"><b>Referências:</b></p><p style="text-align: justify;">ARIÉS, P. “História social da criança e da família”. Trad. Dora Flaksman. 2.ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1981.</p><p style="text-align: justify;">BRAGA, Douglas. “A infância como objeto da história um balanço historiográfico”. USP – Ano VI, n. 10, p. 15-40, 2015. www.revistas.usp.br </p><p style="text-align: justify;">GAGNEBIN, Jeanne-Marie. “Infância e pensamento”. In: GAGNEBIN, Jeanne-Marie. “Sete aulas sobre linguagem, memória e história”. Rio de Janeiro: Imago, 2005.</p><p style="text-align: justify;">HEYWOOD, Colin. Uma história da infância: da Idade Média à época contemporânea no Ocidente. Porto Alegre: Artmed, 2004.</p><p style="text-align: justify;"><br />KUHLMANN, JR.M. “Infância e educação infantil: uma abordagem histórica”. Porto Alegre: Mediação, 1998.</p>Diogo Orlovhttp://www.blogger.com/profile/02782516742946029392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4002152273842766676.post-7310101153214870132021-11-07T23:02:00.002-03:002021-11-07T23:02:37.390-03:00Fernanda Montenegro é eleita para ABL<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgx0Mg4tS4EXJL5fm_AEHQJB5jONWOloUluQFn8xzKCGOjI5bsMaKB6-chmr0SI-5rCrvP4G8ltD4MxCm9wPZhLg7bOG-ItzvDZ3bY_HQeZe9vDHHKdlLCQP7nrhI4THNXah0BjrHf7jyJY/s1349/fernanda-montenegro-faz-92-anos-e-se-firma-como-simbolo-de-arte-e-liberdade-nos-palcos-e-na-vida-1634395043938_v2_3x4.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1349" data-original-width="1011" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgx0Mg4tS4EXJL5fm_AEHQJB5jONWOloUluQFn8xzKCGOjI5bsMaKB6-chmr0SI-5rCrvP4G8ltD4MxCm9wPZhLg7bOG-ItzvDZ3bY_HQeZe9vDHHKdlLCQP7nrhI4THNXah0BjrHf7jyJY/s320/fernanda-montenegro-faz-92-anos-e-se-firma-como-simbolo-de-arte-e-liberdade-nos-palcos-e-na-vida-1634395043938_v2_3x4.jpg" width="240" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;">A atriz Fernanda Montenegro, de 92 anos, foi eleita por maioria absoluta à cadeira de número 17 da Academia Brasileira de Letras (ABL), na tarde desta quinta-feira (4). Ela recebeu 32 dos 34 votos dos acadêmicos — 2 foram brancos.</p><p style="text-align: justify;">Fernanda também criticou o atual governo.</p><p style="text-align: justify;">“Esse atual governo é uma forca, um vômito, é uma apunhalada no ventre. Mas vai acabar."</p><p style="text-align: justify;">Ela deve assumir o posto em março de 2022, quando o órgão volta do recesso de fim de ano.</p>Diogo Orlovhttp://www.blogger.com/profile/02782516742946029392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4002152273842766676.post-19290233100893979412021-11-07T22:24:00.004-03:002021-11-07T22:24:55.640-03:00Diga NÃO a Privatização dos Correios.<p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhj4N1gVm0HCpSHqL7pGiz8hyilDWLfSk7_TIePGFS1JmfJpjQ6XeQQ_9LWxSZgkZ0PPsY1aWG-TpgvEl5eGBUzyRcVMJEUqtdtpXsGDKK7seRpwr_CZzddE8oTYXLiFqgD2NuhZ1ZAbrn1/s1024/correios-1024x572.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="572" data-original-width="1024" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhj4N1gVm0HCpSHqL7pGiz8hyilDWLfSk7_TIePGFS1JmfJpjQ6XeQQ_9LWxSZgkZ0PPsY1aWG-TpgvEl5eGBUzyRcVMJEUqtdtpXsGDKK7seRpwr_CZzddE8oTYXLiFqgD2NuhZ1ZAbrn1/s320/correios-1024x572.jpg" width="320" /></a></div><p style="text-align: justify;">Os Correios são lucrativos e, nos últimos 20 anos, repassaram 73% dos resultados positivos acumulados ao seu único acionista, o governo federal. Os números reforçam que vender a empresa é um erro. Entre 2001 e 2020, foram 16 anos de lucro e quatro de prejuízo. No total, a empresa acumula resultado líquido positivo de R$ 12,4 bilhões em valores atualizados pelo IPCA, e repassou R$ 9 bilhões em dividendos nesse período. A União recebeu dividendos dos Correios por 12 anos seguidos, de 2002 a 2013. </p><p></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Correios não dependem mais do Tesouro</i></b></p><p style="text-align: justify;">Os Correios não são dependentes do Tesouro. Isso significa que a estatal se mantém com os próprios recursos, sem precisar de aportes frequentes de dinheiro público para fechar as contas. Nos últimos 20 anos, há registro de um aporte feito pelo Tesouro para aumento de capital da empresa. Em valores atualizados, foram R$ 254 milhões em 2018 —o que representa 2% do total de dividendos que os Correios distribuíram à União no período. </p><p style="text-align: justify;"><b><i>Comparação com outras estatais</i></b></p><p style="text-align: justify;">Os lucros dos Correios são pequenos se comparados às maiores estatais brasileiras. O Banco do Brasil, por exemplo, lucrou R$ 13,9 bilhões apenas em 2020, ano em que distribuiu R$ 2,1 bihões de dividendos ao Tesouro. Mas os retornos dos Correios são grandes em relação ao valor investido na empresa. Segundo o último Boletim das Participações Societárias da União, com dados de 2018, os Correios tiveram o terceiro melhor desempenho em retorno sobre o patrimônio líquido (69,5%), à frente da Caixa (37%), do Banco do Brasil (18,1%), do BNDES (16,9%), da Eletrobras (15,1%) e da Petrobras (13,6%).</p><p style="text-align: justify;"><b><i>Papel do Estado é lucrar? </i></b></p><p style="text-align: justify;">Sérgio Lazzarini, doutor em administração e professor do Insper, "O papel do Estado não é lucrar, mas investir em áreas de interesse público que têm retorno social, como saúde, educação e saneamento", afirmou.</p><p style="text-align: justify;"><b><i>Privatizar é 'vender almoço para comprar janta', diz economista </i></b></p><p style="text-align: justify;">Segundo Marcio Pochmann, doutor em economia e professor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas/SP), o governo quer vender empresas lucrativas para fazer caixa, algo que só interessa a quem está no poder. O governo não tem um projeto de país. Estamos vivendo o 'presentismo', vendendo o almoço para comprar o jantar. Estamos cancelando o futuro.</p><p style="text-align: justify;">O economista afirma que não há comprovação de que vender empresas diminua a dívida pública e renda bons resultados a longo prazo. Ele defende que a economia precisa ser híbrida, com o Estado atuando em áreas nas quais a iniciativa privada é insuficiente. Se a estatal for lucrativa, tanto melhor, mas esse não é o principal fator a ser observado.</p><p style="text-align: justify;">No caso dos Correios, o investimento público seria necessário para garantir a entrega de correspondências em todo o território nacional a preços acessíveis. De acordo com Pochmann, a ideia de que o setor privado é mais eficiente do que o público foi por água abaixo após a crise internacional de 2008, quando governos tiveram que injetar bilhões de dólares para salvar empresas.</p><p style="text-align: justify;"><b><i>Empresa está se valorizando, dizem funcionários <br /></i></b></p><p style="text-align: justify;">Para Marcos Cesar Silva, vice-presidente da Adcap (Associação dos Profissionais dos Correios), além de a estatal ser lucrativa, ela está se valorizando. Isso porque, apesar da queda de procura por correspondências, o setor de logística cresceu durante a pandemia, e os Correios têm estrutura para atuar em todo o Brasil — uma vantagem sobre a concorrência.</p><p style="text-align: justify;">Silva, que também é ex-representante dos funcionários no Conselho de Administração dos Correios, afirma que os prejuízos acumulados entre 2013 e 2016 aconteceram principalmente por causa de uma mudança contábil que obrigou a empresa a garantir mais recursos para futuras aposentadorias. "Os estudos para a privatização dos Correios são enviesados, para confirmar o que o governo já queria", diz Silva. Ele alega que a venda da estatal atende somente a interesses de pessoas que pretendem se apropriar de uma empresa lucrativa.</p>Diogo Orlovhttp://www.blogger.com/profile/02782516742946029392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4002152273842766676.post-23428662012960664972021-04-16T22:47:00.001-03:002021-04-16T22:47:43.903-03:00História das “telhas feitas nas coxas”.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_b7SqPmSVBvCwHsNfYvjGjia8ZfRIm04M4czB7gyX_CQELdNCkIOYpKsons2wgdoLOat5fB4m09GsogrfpSH2JJ4sGNEu0efK5uy4eyHdICj9Xef5M7eh4g3uei-qIN-Qrf1DKYWapw8i/s768/5899566511_cb788c191b_b-768x512-8078a4a0.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="512" data-original-width="768" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_b7SqPmSVBvCwHsNfYvjGjia8ZfRIm04M4czB7gyX_CQELdNCkIOYpKsons2wgdoLOat5fB4m09GsogrfpSH2JJ4sGNEu0efK5uy4eyHdICj9Xef5M7eh4g3uei-qIN-Qrf1DKYWapw8i/s320/5899566511_cb788c191b_b-768x512-8078a4a0.jpg" width="320" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;">É bem provável que em alguma viagem pelas diversas cidades históricas existentes em nosso país, você já tenha ouvido sobre as telhas que eram feitas nas coxas pelos escravos, e que daí tivesse surgido a expressão "feito nas coxas" que refere-se a coisas malfeitas.</p><p style="text-align: justify;">Além de racista, essa estória não encontra nenhum sentido histórico, nem biológico.</p><p style="text-align: justify;">Não faria sentido para um senhor de engenho ou de lavras comprar um escravo(que não era barato) para fazer telhas nas coxas e deixá-lo ocioso no sol até a secagem das telhas.</p><p style="text-align: justify;">Além disso, o tamanho dessas telhas impossibilita que ela tenha sido feita nas coxas de qualquer humano. Segundo cálculos do maior telhadólogo brasileiro, o professor José LaPastina Filho, para fazer uma dessas telhas, um escravo deveria ter, como altura mínima, 3,50 metros! Ou seja, um gigante que não caberia de pé em nenhuma casa.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhq87Qg2aHlNQRVOL1znWEoaRgGtUIyAb4UGOu09t62FsgKzdWLSjJKpNTh1y1PYaOJftkimKxaZ3ZIkNfoMZ5wa2wwZL7EVSpq_x3KdhTG9uzY2KsfgVbBTiZLM8i7OzqHqay2Dnft10ro/s438/colunadokey-8078a4a0.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="438" data-original-width="307" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhq87Qg2aHlNQRVOL1znWEoaRgGtUIyAb4UGOu09t62FsgKzdWLSjJKpNTh1y1PYaOJftkimKxaZ3ZIkNfoMZ5wa2wwZL7EVSpq_x3KdhTG9uzY2KsfgVbBTiZLM8i7OzqHqay2Dnft10ro/s320/colunadokey-8078a4a0.png" /></a></div><br /><p style="text-align: right;"><a href="https://www.gazetadopovo.com.br/haus/blogs-e-colunistas/key-imaguire-junior/telhas-nas-coxas/?fbclid=IwAR1maHAId7_1iqIoFZRYBW9wBbkDgxpudW-8DLarQ7petS5I4W4Gcl_0f30" target="_blank"><i>Fonte</i></a></p>Diogo Orlovhttp://www.blogger.com/profile/02782516742946029392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4002152273842766676.post-61210131672261119062021-03-16T23:19:00.004-03:002021-03-16T23:19:50.153-03:00A verdade nua e crua!<p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjt8JWn3LBIVGId9IM4FbdPZHeU2enV6NN8Egp4-fwClleFr0g5924QMBKbb6JDUNZPTos0QR94Mf011I4_RNUZNfZ9iJoZom2JEcAMEAYLdKNK0huE-MzAsIsDO5K7OvTQr3DUJGiCo_WK/s959/1_bRUpyXl33SIlY8j8dSDeJg.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="959" data-original-width="780" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjt8JWn3LBIVGId9IM4FbdPZHeU2enV6NN8Egp4-fwClleFr0g5924QMBKbb6JDUNZPTos0QR94Mf011I4_RNUZNfZ9iJoZom2JEcAMEAYLdKNK0huE-MzAsIsDO5K7OvTQr3DUJGiCo_WK/s320/1_bRUpyXl33SIlY8j8dSDeJg.jpeg" /></a></div><br />"Diz uma parábola judaica que certo dia a mentira e a verdade se encontraram.<p></p><p style="text-align: justify;">A mentira disse para a verdade: </p><p style="text-align: justify;">- Bom dia, dona Verdade.</p><p style="text-align: justify;">E a verdade foi conferir se realmente era um bom dia. Olhou para o alto, não viu nuvens de chuva, vários pássaros cantavam e vendo que realmente era um bom dia, respondeu para a mentira:</p><p style="text-align: justify;">- Bom dia, dona mentira. </p><p style="text-align: justify;">- Está muito calor hoje, disse a mentira.</p><p style="text-align: justify;">E a verdade vendo que a mentira falava a verdade, relaxou. </p><p style="text-align: justify;">A mentira então convidou a verdade para se banhar no rio. Despiu-se de suas vestes, pulou na água e disse:</p><p style="text-align: justify;">-Venha dona Verdade, a água está uma delícia. </p><p style="text-align: justify;">E assim que a verdade sem duvidar da mentira tirou suas vestes e mergulhou, a mentira saiu da água e vestiu-se com as roupas da verdade e foi embora.</p><p style="text-align: justify;">A verdade por sua vez recusou-se a vestir-se com as vestes da mentira e por não ter do que se envergonhar, saiu nua a caminhar na rua. </p><p style="text-align: justify;">E aos olhos de outras pessoas era mais fácil aceitar a mentira vestida de verdade, do que a verdade nua e crua."</p>Diogo Orlovhttp://www.blogger.com/profile/02782516742946029392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4002152273842766676.post-66419615151661672232021-03-13T22:31:00.002-03:002021-03-13T22:31:17.812-03:00 Funcionalismo público, as mentiras que a elite te conta<p style="text-align: justify;"><i>Proporcionalmente, Brasil tem bem menos servidores públicos que EUA e países da Europa. Apenas 13,7% do nosso PIB paga salários; 38% vai para o bolso de banqueiros e rentistas. Mas velha mídia insiste que há um “inchaço da máquina pública”…</i></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-v1kMqbXqJz90q5dNXW-cK-4otn_mn9S6wWJkJyrDcHaj3Qm_aLCyh1MysGGMg4mirURwPT_JhUl-lfhy5jhspNys8lq1rLBuW6KdObnfSgATjxIpu5LTOkUQ27NfE5qoJrOHn1Gwr16b/s900/Grafico.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="900" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-v1kMqbXqJz90q5dNXW-cK-4otn_mn9S6wWJkJyrDcHaj3Qm_aLCyh1MysGGMg4mirURwPT_JhUl-lfhy5jhspNys8lq1rLBuW6KdObnfSgATjxIpu5LTOkUQ27NfE5qoJrOHn1Gwr16b/s320/Grafico.jpg" width="320" /></a></div><p style="text-align: right;"><i><span style="color: red;">por José Álvaro de Lima Cardoso do site Outras Palavras.</span></i></p><p style="text-align: justify;">Nos últimos tempos, no contexto mais amplo de ataques ao setor público, tem se intensificado também as investidas contra o funcionalismo público. Dentre outros objetivos, esta visa colocar a população contra os servidores. Se a população avaliar que o servidor é privilegiado, que não quer trabalhar, que ganha muito, fica mais fácil desmontar os serviços de saúde e educação, objetivos inconfessáveis da campanha. Regra geral tal campanha, a exemplo da campanha em geral pela privatização de estatais, é alicerçada em mentiras, senso comum e mistificações.</p><p style="text-align: justify;">Por exemplo, se dissemina sem dó o diagnóstico de que o Estado no Brasil é muito inchado, que existem muitos servidores públicos, serviço público é um “cabide de empregos”, etc. O fato é, que o Brasil é um dos países que menos tem funcionários públicos, na comparação com a população total de trabalhadores do país. Nessa comparação fica atrás, por exemplo, de quase todos os países europeus, que têm em média entre 10% a 15% do total de empregados no serviço público. Segundo o Atlas do Estado, do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), os vínculos de trabalho do setor público no Brasil aumentaram mais de 82% nas últimas duas décadas, saindo de cerca de 6,3 milhões de trabalhadores em 1995 para 11,5 milhões em 2016. Esse total inclui todos os segmentos: servidores concursados, estatutários, regidos pela CLT, e os de cargos comissionados. O total de vínculos, inclusive, é diferente do número de funcionários, visto que uma mesma pessoa pode ter mais de um vínculo. O fato é que, mesmo com a elevação nos últimos anos, o número de servidores no Brasil é inferior à média dos países desenvolvidos.</p><p style="text-align: justify;">Se pegarmos os dados de 2017, verificamos que no Brasil cerca de 12,1% da população ocupada trabalhava no setor público. Este percentual equivale a dois terços dos 18% de média das nações da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e mesmo em relação a países mais neoliberais, como os EUA (15,2%) e Reino Unido (16,4%). Países estes, que vem desmontando seus estados de bem-estar social, que algum dia já foi mais forte (especialmente no caso do Reino Unido).</p><p style="text-align: justify;">O Brasil gastou no ano passado o equivalente a cerca de 13,7% do PIB com salários do funcionalismo público, incluindo todas as esferas e poderes. Dos 11,4 milhões de vínculos de trabalho no setor público, uma boa parte atua em áreas sociais, como saúde e educação. Segundo dados da RAIS/2018, metade dos funcionários públicos ganhava até 3 salários mínimos (R$ 2,9 mil, considerando o valor do mínimo de 2018). Apenas 3% ganhava mais do que 20 salários mínimos (R$ 19,1 mil). Um funcionário público brasileiro ganha, em média, 8% a mais do que um trabalhador que exerce função semelhante no setor privado.</p><p style="text-align: justify;">Segundo dados do Banco Mundial, num conjunto de 53 países, na média internacional, o funcionário público ganha 21% a mais que o trabalhador do setor privado. Portanto, no Brasil, a diferença é bem menor. A diferença para mais, de 8% em funções similares no setor público, não significa nada, considerando que no setor privado os salários de uma forma geral são extremamente baixos. O setor público tem obrigação mesmo de melhorar os salários, até porque faz exigências maiores de qualificação.</p><p style="text-align: justify;">É verdade que nos poderes da República há muita diferença salarial, o que, frequentemente, confunde o observador. No Executivo, por exemplo, onde se concentram professores, médicos, policiais, apenas 25% dos trabalhadores ganham mais de R$ 5 mil. No poder Legislativo, onde estão vereadores, deputados, senadores e seus funcionários, mais de 35% recebe mais de R$ 5 mil. No Judiciário, onde trabalham juízes, promotores, funcionários de fórum, o percentual dos que ganham acima de R$ 5.000 sobe para mais de 85%.</p><p style="text-align: justify;">É evidente que o setor público brasileiro contém importantes distorções salariais, que precisam ser corrigidas. Os 16,2 mil juízes em atividade no Brasil ganham, em média, R$ 46 mil mensais e três em cada quatro recebem mais do que o teto do funcionalismo público, de R$ 39.293 mil. Atualmente um auxílio-moradia de um juiz está custando R$ 4.377,00. Praticamente duas vezes o salário médio de todos os ocupados no Brasil. É um negócio vergonhoso, uma clara distorção que precisa ser corrigida.</p><p style="text-align: justify;">Apesar desse tipo de distorção (certamente existem outras), esta não é a realidade da maioria dos servidores públicos. Como vimos, metade dos funcionários públicos ganha até 3 salários mínimos. Porém, a partir dessas distorções salariais, se construiu uma montanha de mentiras a respeito do funcionalismo público, que se dissemina no seio da sociedade, visando atingir os serviços públicos de uma forma geral, com intenção de privatizá-los. É uma verdadeira máquina de trituração da reputação dos servidores públicos. São ataques sórdidos, que obedecem a uma estratégia internacional de destruição do serviço público, desencadeada, dentre outros, por grandes empresas multinacionais, atrás de bons negócios.</p><p style="text-align: justify;">Enquanto se desenvolve a estratégia de desmonte dos serviços públicos, o Brasil continua destinando quase metade do orçamento federal para o pagamento de juros e o rolamento da dívida pública federal. No ano passado o governo federal destinou aos banqueiros e rentistas a soma de R$ 1,038 trilhão ou 38,27% de todo o orçamento público federal. O governo Bolsonaro, segundo o Tribunal de Contas da União, gastou apenas R$ 11,4 bilhões, dos R$ 38,9 bilhões, da verba emergencial destinada ao combate da pandemia. Isso no instante em que o Brasil emplaca 3.460.413 contaminados e 111.000 mortos (isso, registrados). Enquanto isso, pela Lei Orçamentária Anual – LOA/2020, estão previstos R$ 409,6 bilhões para o pagamento de “Juros/Encargos da Dívida Pública” neste ano.</p><p style="text-align: justify;">São quase meio trilhão de reais. Isso representa 1,1 bilhão de reais todo santo dia, somente este ano. Se transfere todo ano, bilhões e bilhões para algumas centenas de rentistas (que em boa parte nem moram no Brasil). Somente os gastos com os juros e encargos da dívida pública deste ano já totalizam um valor superior ao que o governo espera arrecadar com a torra de patrimônio púbico neste ano. E, praticamente, nem se fala nisso. Querem entregar a Eletrobrás, um patrimônio estratégico, por 18 bilhões e destinam diariamente um R$ 1,1 bilhão para os rentistas, em nome de uma dívida que não resiste a uma auditoria pública.</p><p style="text-align: justify;">O debate sobre uma reforma administrativa deve seguir caminho contrário ao que a extrema-direita e os golpistas estão querendo trilhar. Ou seja, o debate deve ser feito a partir das necessidades do país e de seu povo, em busca do desenvolvimento econômico e social. Mas está claro que é impossível fazer tal debate com o atual governo, que na verdade quer destruir os serviços públicos e transformar o Brasil definitivamente numa colônia dos EUA. As questões do debate não são meramente técnicas e sim também políticas, ligadas à correlação de forças. A discussão sobre o Estado brasileiro, funcionalismo e serviço público tem que ser precedida da retomada da democracia no país.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p>Diogo Orlovhttp://www.blogger.com/profile/02782516742946029392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4002152273842766676.post-49798170725755299572021-03-10T23:40:00.005-03:002021-03-10T23:40:54.711-03:00O problema da banalização do termo privilégio<div style="text-align: center;"><iframe frameborder="0" height="270" src="https://youtube.com/embed/nIVxkCgV5tg" width="480"></iframe></div>Diogo Orlovhttp://www.blogger.com/profile/02782516742946029392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4002152273842766676.post-4356644452747273532021-03-07T20:40:00.002-03:002021-03-07T21:12:49.197-03:00Bandeiras com a cruz nórdica.<div style="text-align: center;"><a href="https://www.blogger.com/#"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilHKOc29u8SvfCM_fXsrK-yMhHL-9aSXrJGBAvz-6qv6tKEORftqNkac-9-7vcT0fPrgMVTdsk6hb6LGE4lyVNp6is1OYzzVT05-q1Q6ZKcHZS5UtNbUOSu4NykSHmih7gEGNp-iw_lXfD/s320/Nordiske-flag.jpg" /></a></div><div><div style="text-align: justify;">A Cruz nórdica é um padrão de bandeiras da Escandinávia, com todos os países nórdicos adotando esse modelo, representando o cristianismo. A cruz à esquerda, chamada Cruz Nórdica, começou a ser adotada em seu formato moderno no século 18 pela Dinamarca, diferenciando-se outras bandeiras em que a cruz é centrada, como da Inglaterra, conhecida como a cruz grega.</div><div style="text-align: justify;">A bandeira verde no canto direito do mapa, na Rússia, representa a bandeira dos povo Vepes. O grupo possui 8.240 integrantes, falantes da língua vepes.</div><div style="text-align: justify;">Diversas regiões do Brasil também levam a cruz nórdica em suas bandeiras, como o município de Itu (SP), Lagoa Formosa (MG), Nova Prata (RS), Frei Martinho (PB), Chapadinha, (MA), Escada (PE) Peritiba (SC) e outros.</div><div style="text-align: justify;">Antes de ser apropriada pelo cristianismo, a cruz era simbólica em outras sociedades, representando a interseção do plano material e do transcendental. Por exemplo, foi insígnia de Serápis no Egito, assim como o antigo símbolo hieroglífico da vida egípcio, o ankh.</div><div style="text-align: justify;">Antes do século 4, na época do imperador romano Constantino, os cristãos eram extremamente reticentes em retratar a cruz. Uma exibição muito aberta dela poderia expô-los ao ridículo, se apropriando de um símbolo tão difundido pela sociedade ou por associa-los a uma forma de execução. Depois que Constantino se converteu ao cristianismo, ele aboliu a crucificação como pena de morte e promoveu a cruz como um simbolo da fé, tornando-a famosa a partir de 350 D.c. O sinal da cruz, feito por exemplo antes e depois das orações, só começou a ser difundido no século 5 D.c</div><div style="text-align: justify;">Antes da cruz, os cristãos utilizavam o símbolo do grego antigo, o Ichthys,- que se assemelhava a um peixe - para se identificar entre si. Não se sabe exatamente o motivo pelo qual o peixe foi escolhido como símbolo pelos cristãos. Nos testamentos, o peixe é utilizado de forma simbólica em várias passagens, e os 4 apóstolos André, Pedro, Tiago e João eram pescadores. Ademais, as letras ΙΧΘΥΣ, que muitas vezes são grafadas no interior do Ichthys, seriam um acrônimo de “Iesous Christos Theou Yios Soter” ou “Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador”.</div><div style="text-align: justify;">Diversas tumbas de cristãos antes do século 2, possuem o Ichthys.</div><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div></div>Diogo Orlovhttp://www.blogger.com/profile/02782516742946029392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4002152273842766676.post-81681529931325987362021-03-06T16:14:00.003-03:002021-03-06T16:14:52.102-03:00GROENLANDEZÃO. - Conheça o Campeonato Groenlandês de futebol.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1VBTmsjKga7X3jyPqOxRkeYpfINxCsmbh5AgxjOmL7lflPKTUrf8I0AOUBTCaZ2ELKyr-6-9FLWKdXt-T5Iz-hr2ePOd4UzP41DxKTljPhj86RUSnymXKvPl7t8Im-_geJ_vVY3Rsxi4m/s960/campo+na+groelandia.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="718" data-original-width="960" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1VBTmsjKga7X3jyPqOxRkeYpfINxCsmbh5AgxjOmL7lflPKTUrf8I0AOUBTCaZ2ELKyr-6-9FLWKdXt-T5Iz-hr2ePOd4UzP41DxKTljPhj86RUSnymXKvPl7t8Im-_geJ_vVY3Rsxi4m/s320/campo+na+groelandia.jpg" width="320" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;">O Campeonato Groenlandês de futebol, é conhecido como o mais curto do mundo. Nada de meses de disputa e múltiplas rodadas para definir um vencedor. Na Groenlândia, apenas sete dias são necessários para consagrar o campeão nacional.</p><p style="text-align: justify;">Conhecida por suas geleiras e icebergs, a Groenlândia é uma região autônoma do Reino da Dinamarca situada na América do Norte. Embora seja a maior ilha do planeta, com mais de 2 milhões de km², 80% de seu território é composto por gelo e a população é estimada em torno de apenas 57 mil habitantes. Soma-se a isso um clima rigoroso de temperaturas baixas no qual a grama mal cresce.</p><p style="text-align: justify;">Diante deste cenário, o futebol local possui certas peculiaridades, entre elas, a duração da liga nacional. </p><p style="text-align: justify;">Atualmente o torneio é disputado no período de uma semana – em edições anteriores a competição chegou a ser realizada em até cinco dias. Ao todo, dez times disputaram o troféu entre os dias 12 e 19 de agosto em Nuuk, capital e maior cidade da Groenlândia.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9zSLZERSTxHA6kdIfHAYtPsw3eFvBpBUGbU-f6FiXhycAvVLAYxEJlEeBmmZtXkpbIwQFSmK-PrFySPl07qvwompiKWouI9QpYruR-z91lRzsWRpO4kV7a3MzCdMvU9vqgJpQeUzqs0CP/s640/sddefault.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="480" data-original-width="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9zSLZERSTxHA6kdIfHAYtPsw3eFvBpBUGbU-f6FiXhycAvVLAYxEJlEeBmmZtXkpbIwQFSmK-PrFySPl07qvwompiKWouI9QpYruR-z91lRzsWRpO4kV7a3MzCdMvU9vqgJpQeUzqs0CP/s320/sddefault.jpg" width="320" /></a></div><p></p><p style="text-align: justify;">Para garantir o direito de participar do campeonato, as equipes passam anualmente por uma etapa preliminar em disputas regionais. O classificatório é realizado nas semanas que antecedem à fase nacional e também dura poucas dias – cerca de três ou quatro. Os classificados para a liga groenlandesa são divididos em dois grupos e, após se enfrentarem entre si, o primeiro e segundo colocado de cada chave avançam aos playoffs. </p><p style="text-align: justify;">Dez equipes integraram a competição (até 2017 eram apenas oito) e entraram em campo com intervalo médio de 24 horas entre as rodadas. Além de semifinal e final, também há confrontos pela disputa de nono, sétimo, quinto e terceiro lugar, totalizando 27 jogos ao longo dos sete dias de competição. Uma verdadeira maratona para esquentar o futebol local.</p><p style="text-align: justify;">As datas do calendário do Campeonato Groenlandês não são escolhidas por acaso. Os meses de julho e agosto, quando normalmente acontecem respectivamente a fase regional e nacional, estão dentro do curto período de verão na região. A estação dura entre junho e setembro e atinge as temperaturas mais altas ao longo do ano – entre 5º e 15ºC. Para efeito de comparação, no inverno os termômetros variam entre -5º e -25ºC.</p><p style="text-align: justify;">Além dos poucos dias de disputa, o campeonato também é realizado em uma única cidade por conta da dificuldade de locomoção em trajetos que podem ser feitos apenas de avião ou barco para ir de uma região a outra. Mais precisamente, todas as partidas acontecem em um mesmo estádio. O palco-sede deste ano, o Nuuk Stadium, possui capacidade para duas mil pessoas e está em meio a uma paisagem formada por colinas que servem de arquibancada para os torcedores. O campo é equipado com grama artificial, mas, até julho de 2016, os jogos no estádio, um dos principais da região e que recebe a seleção nacional, eram disputados em campo de terra.</p><p style="text-align: justify;">Assim como acontece em várias das principais ligas ao redor do mundo, o futebol groenlandês também conta com um “bicho-papão”. Na ilha de gelo, é o B-67 Nuuk que detém o maior número de títulos do campeonato – 13, sendo cinco conquistados em sequência recorde entre 2012 e 2016. </p><p style="text-align: justify;">Seguindo o ritual das grandes competições ao redor do mundo, após a disputa há premiação para o melhor jogador e a escolha do time ideal, formado pelos melhores de cada posição.</p><p style="text-align: justify;">A festa, porém, dura pouco. Depois dos sete dias de futebol, há o longo hiato de quase dez meses e muito gelo antes que os times voltem a se enfrentar pelo título nacional. Neste período, a alternativa para jogadores e equipes é trabalhar em locais fechados ou migrar para o futsal.</p><p style="text-align: justify;">Vale ressaltar que a Groenlândia não é filiada à FIFA. Atualmente, o futebol groenlandês integra a CONIFA (Confederação de Futebol de Associações Independentes) e a seleção da região participa de poucos torneios. O principal compromisso na agenda da equipe nacional é a disputa dos Jogos Insulares (Island Games), evento que acontece a cada dois anos desde 1985 e conta com a presença de seleções de arquipélagos e ilhas na disputa de 14 esportes diferentes – o futebol está entre as modalidades desde 1989. </p><p style="text-align: justify;">Na edição de 2017, realizada na ilha de Gotlândia, na Suécia, a seleção groenlandesa de futebol ficou com a medalha de prata e igualou seu melhor desempenho, alcançado quatro anos antes.</p><p style="text-align: justify;">Se a qualidade do futebol apresentado na Groenlândia não é lá essas coisas, o mesmo não se pode dizer dos palcos onde ocorrem os jogos.</p>Diogo Orlovhttp://www.blogger.com/profile/02782516742946029392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4002152273842766676.post-48864290064083307992021-03-05T18:19:00.001-03:002021-03-05T18:19:24.123-03:00Fique atento! Nunca ofereça esses alimentos aos cães.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiC9o5cJ7sSVx0_wrmh7wVcMjBzRrVW0n_zZ8LjG7iWBJSYG85qDxTnFrar-SK0RZnuOEyncPiqYzRtQQTmhOSGogeZH_eNI2GAzFdoBsFbj856E_5lJQ-J8UY3kqzKVVibcuxqxxubVLx_/s924/cao-cancer-de-prostata.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="520" data-original-width="924" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiC9o5cJ7sSVx0_wrmh7wVcMjBzRrVW0n_zZ8LjG7iWBJSYG85qDxTnFrar-SK0RZnuOEyncPiqYzRtQQTmhOSGogeZH_eNI2GAzFdoBsFbj856E_5lJQ-J8UY3kqzKVVibcuxqxxubVLx_/s320/cao-cancer-de-prostata.jpg" width="320" /></a></div><br /><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Galera, esse post é de utilidade
pública. Tomem muito cuidado ao alimentarem seus cães.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Segue a lista do que não deve ser
oferecido ao seu cachorro.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>
Ossos pontiagudos<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ao mastigar um osso desses, o
cachorro pode perfurar o estômago, o esôfago, o intestino e até mesmo machucar
a boca.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O mais indicado, segundo os
veterinários, é o ossinho de lojas pet que é feito especialmente para os cães.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>
Comidas gordurosas<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Estes alimentos geram desarranjo
intestinal e, nos casos mais graves, podem causar uma série pancreatite. Entram
nesse enquadramento de comidas gordurosas alimentos como creme de leite,
queijos, pizzas, gordura animal etc.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>
Chocolate<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O chocolate possui uma substância
chamada de teobromina, que quanto mais escura for, mais perigosa. Ingerida de
100 a 150 mg por quilograma do peso do animal, ela pode ser tóxica e causar a
morte de seu bichinho.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>
Pipocas</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A pipoca contém um alto teor de
sal, corantes e manteiga que podem ser prejudiciais para o organismo do
animalzinho. Além disso ela pode causar asfixia, principalmente se for um cão
pequeno. Pipocas também podem fazer com que ele engasgue.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>
Abacate</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O abacate é um alimento letal
para os cães. Ele contém muita gordura e açúcar e pode causar sobrepeso e
diarréia forte no animal. De acordo com a Associação Americana de Prevenção à
Crueldade com Animais, a ASPCA, a fruta é uma das mais perigosas pois possui
uma substância altamente tóxica chamada Persin.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Além de poder provocar a morte,
pode causar desarranjo gastro-intestinal.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>
Carne Crua<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os veterinários proíbem que os
donos dêem carne crua para os cães. Carne crua pode causar contaminação por
bactérias, verminoses e protozoários. A carne crua é uma fonte destes
organismos e, mesmo se você optar por dar ao seu cachorro, o recomendável é deixá-la
bem cozida.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os especialistas em nutrição
animal recomendam que o melhor a se fazer é comprar rações com sabor de carne
para substituir a carne crua.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>
Bebidas Alcoólicas<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Alguns donos costumam dar bebidas
alcoólicas adocicadas para seus cães e isso não é recomendado. Bebidas
alcoólicas podem causar intoxicação nos animais. Muitas vezes não são nem os
donos que vão lá e disponibilizam a bebida para o cachorro, mas acontece deles
ingerirem álcool ao encontrar copos jogados em final de festa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os efeitos colaterais causados
por bebidas alcoólicas são ataque cardíaco, excitação, depressão, respiração
lenta e até levar à morte.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;"><i><span style="color: red;">
Fonte: Associação Americana de
Prevenção à Crueldade com Animais</span></i><o:p></o:p></div>
Diogo Orlovhttp://www.blogger.com/profile/02782516742946029392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4002152273842766676.post-81511521014795747442021-03-04T23:51:00.004-03:002021-03-04T23:51:41.203-03:00Entenda o que é Despolitização<iframe width="480" height="270" src="https://youtube.com/embed/2ijFKpa0TZ8" frameborder="0"></iframe>Diogo Orlovhttp://www.blogger.com/profile/02782516742946029392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4002152273842766676.post-9589512126308143972021-03-03T19:46:00.002-03:002021-03-03T19:46:57.218-03:00O homem que ameaçou jogar um avião no Palácio do Planalto.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3M4Y5aLd2whE19S13Qe4FagzyR5iwWLLwH0gnSliqEawnbKjjSh0p9BkMwx5XYb6e5umWbfKA2DpA-_RjlMI1zKrj_-gljiBX0DYf4tqrb3jHeFEAjgS7sV_3SrQJ36zZK8V1uH6mcGDX/s820/PostInsta.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="492" data-original-width="820" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3M4Y5aLd2whE19S13Qe4FagzyR5iwWLLwH0gnSliqEawnbKjjSh0p9BkMwx5XYb6e5umWbfKA2DpA-_RjlMI1zKrj_-gljiBX0DYf4tqrb3jHeFEAjgS7sV_3SrQJ36zZK8V1uH6mcGDX/s320/PostInsta.png" width="320" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;">“Nós vamos pra cima do Palácio do Planalto. Nós vamos jogar o avião lá. Eu quero matar o Sarney!”</p><p style="text-align: justify;">Essa foi a frase dita por Raimundo Nonato Alves da Conceição durante o episódio conhecido como “Sequestro do voo 375”, em 1988.</p><p style="text-align: justify;">Raimundo era tratorista e ficou desempregado em decorrência da forte crise que atingiu o país em meados dos anos de 1980. Desesperado, Nonato culpou o presidente José Sarney pelas dificuldades que vinha passando. Resolveu então comprar uma passagem para um voo da extinta VASP, e portando uma arma, sequestrou o avião dando ordens ao piloto e copiloto para que desviassem o caminho e jogassem o avião no palácio do Planalto. O Copiloto foi morto com um tiro na têmpora, e a tragédia só não se completou, pois o piloto da aeronave, Fernando Murilo de Lima e Silva, fez algumas manobras arriscadas, e conseguiu desarmar temporariamente o sequestrador.</p><p style="text-align: justify;">Aviões da FAB seguiram o voo e ao pousar a aeronave em Goiânia, Raimundo conseguiu empunhar novamente a arma e tentou negociar sua fuga, ao descer do avião foi alvejado por 3 tiros(em partes não letais). O sequestrador morreu no hospital, o piloto do voo foi condecorado pelo governo federal por sua bravura.</p>Diogo Orlovhttp://www.blogger.com/profile/02782516742946029392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4002152273842766676.post-68588477836944229312021-03-01T21:57:00.002-03:002021-03-01T21:57:32.772-03:00Você sabe o porquê do Palmeiras ter como mascote um Porco?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7KAdyZJSeKD01dDYKUDlhwhKT1nflozcu6pSd6dWFQsywAMbWtA2tcTDXA8LwlRDWww_jScCqBfuY1TNcYY8uqZA9EiZDwbSbZFNZ3fuUN0U0-VjvcqNUNpbTfZdokJpQcm7vh6GJVBN_/s611/95490858_882739392191686_2044630206441848832_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="611" data-original-width="535" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7KAdyZJSeKD01dDYKUDlhwhKT1nflozcu6pSd6dWFQsywAMbWtA2tcTDXA8LwlRDWww_jScCqBfuY1TNcYY8uqZA9EiZDwbSbZFNZ3fuUN0U0-VjvcqNUNpbTfZdokJpQcm7vh6GJVBN_/s320/95490858_882739392191686_2044630206441848832_n.jpg" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;">Tudo começou no dia 28 de abril de 1969.</p><p style="text-align: justify;">Depois de um jogo pelo Paulistão contra o São Bento (SP), no estádio Humberto Reali, em Sorocaba (SP), o time do Corinthians voltou para a capital com um empate de 1x1 na bagagem. Naquela época os maiores destaques do time eram o lateral direito Lidú e o ponta esquerda Eduardo. Depois de um dia cansativo de viagem, os dois resolveram comer uma pizza nas proximidades do estádio da Portuguesa, o Canindé. Infelizmente, eles não chegaram ao restaurante: Lidú perdeu o controle do carro em plena Marginal Tietê, batendo contra uma das pilastras de sustentação da ponte da Vila Maria. Ambos morreram na hora.</p><p style="text-align: justify;">Foi a partir deste episódio triste que o apelido surgiu. O Campeonato Paulista já estava no segundo turno e as inscrições para novos atletas havia se encerrado. Por este motivo a diretoria do Corinthians tentou uma autorização junto a Federação Paulista para inscrever dois novos jogadores, alegando que a tragédia prejudicou o clube na competição. Dirigentes dos clubes, inclusive do Corinthians e do Palmeiras, foram chamados pela FPF para uma reunião com objetivo de organizar uma votação. Para que a situação fosse aprovada, todos os votos deveriam ser unânimes.</p><p style="text-align: justify;">O resultado foi infeliz. Somente Delfino Facchina, o presidente do Palmeiras na época, votou contra. Isso fez com o presidente do alvinegro Wadih Helu, se irritasse e chamasse os palmeirenses de “porco”, devido ao espírito de porco, já que ele não se sensibilizou com o ocorrido. Na partida seguinte entre os dois, o Corinthians soltou um suíno no gramado do Morumbi, antes da partida começar. Enquanto o animal corria, a Fiel torcida começou a gritar “Porco, porco”.</p><p style="text-align: justify;">Algum tempo depois, a turma do amendoim assumiu o apelido, e acabou se apegando a ele.</p>Diogo Orlovhttp://www.blogger.com/profile/02782516742946029392noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4002152273842766676.post-37802979474237368012021-02-28T22:15:00.002-03:002021-02-28T22:15:15.682-03:00O mito do empreendedorismo<iframe width="480" height="270" src="https://youtube.com/embed/Y9h4hDFLSLY" frameborder="0"></iframe>Diogo Orlovhttp://www.blogger.com/profile/02782516742946029392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4002152273842766676.post-56864711719403495102021-02-27T22:06:00.001-03:002021-02-27T22:06:14.601-03:00O QUE É O MBL?<iframe width="480" height="270" src="https://youtube.com/embed/yHgVcDZumjw" frameborder="0"></iframe>Diogo Orlovhttp://www.blogger.com/profile/02782516742946029392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4002152273842766676.post-61808072743221904362021-02-27T18:39:00.002-03:002021-02-27T18:39:25.581-03:00A camisa com patrocínio da Seleção.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioCZGiWfa_qXfVteWOblq4ptOo2ierzX9GNhT0ATqmj0NRMjV0kaKzd0b4yjiTuPQsotp6mjH7yQyRimKioTBIDrCynfTAlB2tMSWyGqDY2_oH6S38Ga1Kklda8zsI2UnMhGenX7FK2CZ6/s1600/S%25C3%25B3crates-Tel%25C3%25AA-Santana-e-Zico.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1283" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioCZGiWfa_qXfVteWOblq4ptOo2ierzX9GNhT0ATqmj0NRMjV0kaKzd0b4yjiTuPQsotp6mjH7yQyRimKioTBIDrCynfTAlB2tMSWyGqDY2_oH6S38Ga1Kklda8zsI2UnMhGenX7FK2CZ6/s320/S%25C3%25B3crates-Tel%25C3%25AA-Santana-e-Zico.jpg" /></a></div><p style="text-align: justify;">Na Copa do Mundo de 1982, ocorreu uma das mais insólitas histórias envolvendo camisas de futebol em Mundiais, tudo por conta de um jeitinho dado pela CBF para estampar o patrocínio do IBC (Instituto Brasileiro do Café) na camisa da Seleção Brasileira, durante o torneio na Espanha.</p><p style="text-align: justify;">Aquela Copa seria a primeira da CBF, que tinha sido criada em setembro de 1979, após ser desmembrada da CBD (Confederação Brasileira de Desportos), e ficou marcada pelo time que se tornou símbolo do futebol-arte. Talvez toda magia em torno do futebol apresentado pela seleção comandada por Telê Santana, que tinha Zico, Sócrates, Junior , Falcão e companhia, faça com que muitos não lembrem do polêmico caso do raminho de café, que marcou aquele uniforme e até hoje é replicado em camisas retrô que fazem alusão àquele inesquecível esquadrão.</p><p style="text-align: justify;">O primeiro escudo da CBF era bem parecido com o da CBD, com a mudança apenas da última letra da sigla e traz um estilo bem parecido com o que a Confederação Brasileira de Futebol utiliza atualmente com o fundo azul, linhas verdes amarelas e uma cruz pátea branca à frente.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9G6xQ28_Wm_1v7rLKkIxfaR4dN6eY8nZrxMVhyphenhyphenm9CnenxyJFVdJFs8_xdIrJ_MoHTzsu6ZbbcJqZICKgozQFDcEYO6qfa9YZDmGbXF9dhwU2JR1aKP8EF5D770dGT-ZwhmtE5OpHzPblu/s827/evolu%25C3%25A7%25C3%25A3o-do-escudo-da-Sele%25C3%25A7%25C3%25A3o-Brasileira-CBD-CBF.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="377" data-original-width="827" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9G6xQ28_Wm_1v7rLKkIxfaR4dN6eY8nZrxMVhyphenhyphenm9CnenxyJFVdJFs8_xdIrJ_MoHTzsu6ZbbcJqZICKgozQFDcEYO6qfa9YZDmGbXF9dhwU2JR1aKP8EF5D770dGT-ZwhmtE5OpHzPblu/s320/evolu%25C3%25A7%25C3%25A3o-do-escudo-da-Sele%25C3%25A7%25C3%25A3o-Brasileira-CBD-CBF.jpg" width="320" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;">No entanto, em 1982 esse escudo foi alterado e a taça da Jules Rimet foi colocada em destaque, com o fundo azul e a sigla CBF acima. No entanto, a primeira versão desse escudo traz um círculo branco ao lado direito da taça com um desenho que para muitos é indecifrável, mas representa um raminho de café. Este é o símbolo do IBC, que foi aplicado de forma bem discreta no escudo e burlou regra da FIFA que proibia patrocínios em camisas de seleções.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhii3daPWiKPBcHxnlMTXr6oYeofsx0_tGVnuOVvkMNyJmVBj3EDZFFK6giIUuBrbAJIwChe25aUTog7Nny50me5oKFTXA4NIr9lOdiUniqACKo7tC9JbfKGhUkYy4BYv_XNqyGZ1fMtBeH/s640/Camisa-da-sele%25C3%25A7%25C3%25A3o-brasileira-de-1982-Escudo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="480" data-original-width="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhii3daPWiKPBcHxnlMTXr6oYeofsx0_tGVnuOVvkMNyJmVBj3EDZFFK6giIUuBrbAJIwChe25aUTog7Nny50me5oKFTXA4NIr9lOdiUniqACKo7tC9JbfKGhUkYy4BYv_XNqyGZ1fMtBeH/s320/Camisa-da-sele%25C3%25A7%25C3%25A3o-brasileira-de-1982-Escudo.jpg" width="320" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;">Para quem não sabe, o Instituto Brasileiro do Café (IBC) era uma importante estatal do Brasil, já que o café era um dos principais produtos de exportação do país, e especula-se que o valor investido na parceria com a CBF era bastante gordo para a época, cerca de US$ 3 milhões.</p><p style="text-align: justify;">O acordo de patrocínio com o time canarinho no entanto, não era novidade, já que bem antes da mudança repentina no escudo da seleção, diversos anúncios estrelados pelos craques daquele escrete já vinham sendo veiculados nos principais jornais do país com os dizeres: “Café e futebol sempre se deram bem. Agora estão mais juntos do que nunca”. Além disso, a aplicação do raminho, antes de ir parar no escudo, vinha sendo feita no lugar destinado à fornecedora, e há quem diga que o presidente da CBF na época, Giulite Coutinho, chegou a pedir para o presidente da FIFA, João Havelange, que o mesmo fosse permitido na Copa. No entanto, o pedido teria sido negado, com a justificativa de que uma liberação destas deveria valer para todos e era apenas o Brasil que tinha um patrocínio do tipo.</p><p style="text-align: justify;">Mas era muito dinheiro em jogo e o patrocínio da IBC teria que aparecer de alguma forma, foi aí que Coutinho teve a ideia de pedir para que a Topper alterasse o escudo da Seleção, incorporando o mesmo dentro do escudo, jeitinho este que acabou passando, já que na época a FIFA não fazia inspeções prévias tão rígidas nos materiais que seriam usados pelas equipes, como é feito hoje em dia.</p><p style="text-align: justify;">A seleção jogou toda a Copa com camisas que traziam o raminho dentro do escudo, e apesar do belo futebol praticado pela equipe, o triste final todos já sabem.</p><p style="text-align: justify;">A parceria com o IBC ainda vigorou por mais alguns anos, mas após o episódio no Mundial da Espanha, a FIFA alertou a CBF, que nenhum tipo de ação daquele tipo seria tolerado, desta forma o escudo Jules Rimet foi aplicado sem o logo da estatal. O mesmo escudo ainda participaria de outra Copa do Mundo, em 1990, sendo depois então aposentado em 1991 para o retorno do escudo com a cruz pátea que é usado até hoje, tendo sido modernizado pela última vez em 2019.</p><p style="text-align: right;"><i><span style="color: red;">Fonte: Blog Mantos do Futebol.</span></i></p>Diogo Orlovhttp://www.blogger.com/profile/02782516742946029392noreply@blogger.com0